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Vou defender acordo contra bitributação entre Brasil e Alemanha, diz Alckmin

Vice-presidente se reuniu com empresários alemães nesta sexta-feira em São Paulo

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Comércio e Indústria  (Leandro Fonseca/Exame)

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Comércio e Indústria (Leandro Fonseca/Exame)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 21 de março de 2025 às 14h49.

Última atualização em 21 de março de 2025 às 14h58.

O vice-presidente Geraldo Alckmin disse, nesta sexta-feira, 21, que vai defender o avanço de um acordo para acabar com a bitributação entre Brasil e Alemanha, durante um encontro promovido pela Câmara de Comércio e Indústria dos dois países.

"Estou saindo daqui com uma tarefa, o acordo de não bitributação. Vou pedir para a Câmara um paper, para a gente convencer o Ministério da Fazenda e a Receita que não tem perda de arrecadação de recarga e terá grandes futuros relevantes, mais investimento e mais comércio", disse Alckmin. Ele não citou números de qual poderia ser o impacto da medida.

No evento, realizado em São Paulo, Alckmin disse ver espaço para ampliar os negócios entre os dois países, e apontou que a Alemanha é o quarto maior investidor estrangeiro no Brasil.

Acordo UE-Mercosul

O comércio bilateral poderá se beneficiar do acordo UE-Mercosul, anunciado no fim de 2024 e em processo de ratificação pelos países europeus.

Além disso, nesta sexta-feira, 21, o Senado da Alemanha aprovou uma mudança histórica: uma nova lei que retira das regras do teto de gastos as despesas com defesa e segurança, além de criar um fundo de 500 bilhões de euros para gastos em infraestrutura.

"O Brasil tem muita oportunidade na área de transição digital, transição ecológica, energia limpa, renovável, hidrogênio de baixo carbono, toda a parte de semicondutores, de eletroeletrônico", disse o vice-presidente.

Martina Hackelberg, cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, disse que os dois países acreditam em um comércio exterior com "regras claras" e que o contexto atual favorece o interesse das empresas alemãs. "Em um cenário de incertezas, Brasil e Alemanha se aproximam ainda mais", afirmou.

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