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3 estratégias para otimizar a gestão de pessoas em condomínios

 Estratégias para otimizar recursos, valorizar equipes e solucionar questões trabalhistas

Entenda a importância de uma gestão de pessoas otimizada em condomínios (golero/Getty Images)

Entenda a importância de uma gestão de pessoas otimizada em condomínios (golero/Getty Images)

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Publicado em 17 de novembro de 2025 às 15h00.

Por Ricardo Chalfin

A gestão de pessoas nos condomínios é uma das áreas mais desafiadoras, que envolve custos e riscos relevantes, mas, que podem ser uma excelente oportunidade de elevar eficiência, engajamento e valor patrimonial.

No Brasil, segundo levantamento da Secovi-Rio junto com a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), a média de funcionários em condomínios residenciais gira em torno de 4 colaboradores por empreendimento e em comerciais cerca de 7 e a folha de pagamento figura como uma das maiores despesas no orçamento condominial.

CLT e obrigações legais

Além das normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), os condomínios possuem outras obrigações legais, como e-Social, que exige registro, envio de informações de vínculos, folha de pagamento, ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) e outras obrigações para empregadores que impõem aos condomínios processos sólidos de admissão, registro e controle de jornada.

Diante disso, três eixos estratégicos se destacam para otimizar recursos e engajar colaboradores: gestão inteligente de pessoas, tecnologia e automação de processos e cultura de valorização e retenção.

1. Gestão inteligente de pessoas

Primeiro, a gestão inteligente de pessoas passa por dimensionar corretamente o quadro, definir perfis, treinar equipes e alinhar atribuições ao porte e perfil do condomínio.

Quando há contratações erradas ou funções mal definidas persistem como fontes de desperdício e insatisfação, sendo que um quadro enxuto e bem treinado tende a operar melhor e com menores conflitos.

2. Tecnologia e automação de processos trabalhistas

Segundo, a tecnologia e automação de processos trabalhistas são cada vez mais determinantes.

Existem ferramentas digitais de admissão, controle de jornada, escalas e acompanhamento de desempenho que permitem que a administração condominial foque menos em tarefas burocráticas e mais em gestão estratégica.

Ao automatizar registros, monitorar turnover e antecipar necessidades de escala (como férias, folgas, plantões) é possível reduzir custos com substituições emergenciais e evitam-se lacunas no serviço.

3. Cultura de valorização do colaborador

Terceiro, e talvez o mais decisivo, é construir uma cultura de valorização do colaborador, algo bem desafiador para a maioria das empresas.

Em condomínios bem geridos, o funcionário percebe que seu trabalho tem impacto direto na qualidade de vida dos moradores e isso abre caminho para engajamento, menor rotatividade e melhor atendimento.

Quando há programas de reconhecimento, capacitação contínua e atribuição de metas claras, como por exemplo, índice de satisfação de moradores ou velocidade de atendimento de chamados, as equipes são um diferencial competitivo.

Além disso, a inovação emerge como aliada desse processo.

Atualmente, as fintechs de gestão condominial e de pessoal oferecem plataformas que integram desde o cadastro até a avaliação de desempenho, gerando dados que orientam decisões, que ajudam a identificar quais funções têm maior impacto no custo total ou onde o atendimento dos serviços comuns gera mais solicitações e retrabalho.

Essa visão orientada por dados permite que síndicos e administradoras transformem o custo trabalhista em ativo estratégico.

Basicamente, resolver as questões trabalhistas em condomínios não se resume a cumprir obrigações legais é sobre reconhecer que cada colaborador é parte da experiência condominial e que recursos bem aplicados geram menos desperdício e mais valor.

Gestão de pessoas como motor da eficiência

Portanto, ao adotar uma gestão de pessoas inteligente, alavancar tecnologia para automação e cultivar uma cultura de alto desempenho, os condomínios passam de estruturas reativas a organizações de serviços eficientes.

O resultado: custos controlados, colaboradores motivados e moradores satisfeitos, sendo o verdadeiro tripé da sustentabilidade financeira e operacional do condomínio.

*Ricardo Chalfin é CEO e fundador da Wind Capital, uma empresa especializada em soluções de crédito condominial, que vem transformando o acesso a recursos financeiros no setor imobiliário e condominial, oferecendo crédito ágil, descomplicado e com desembolso em até 24 horas, permitindo que condomínios e fornecedores tenham um fluxo de caixa saudável e impulsionam projetos sustentáveis, obras e despesas operacionais.

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