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48% dos brasileiros defendem estreitamento de relações com os BRICS, aponta pesquisa

Levantamento da Nexus mostra que apoio ao bloco varia conforme faixa etária e preferência política

 (Mauro Pimentel/AFP/AFP)

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Publicado em 1 de setembro de 2025 às 10h00.

Os BRICS – grupo econômico formado pelo Brasil e outros 10 países, incluindo Rússia, Índia, China e África do Sul – voltaram à pauta política após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor uma taxação mais alta sobre países que negociam com o bloco.

Uma pesquisa inédita da Nexus revela que 48% dos brasileiros defendem um estreitamento das relações políticas e econômicas com os países envolvidos, visando mais parcerias e acordos comerciais. Outros 33% são favoráveis ao distanciamento e à busca por novos parceiros internacionais, enquanto 18% não souberam ou preferiram não responder.

O apoio ao BRICS é mais expressivo entre o público masculino, com 52% a favor do estreitamento e 35% contrários, enquanto no público feminino 44% são favoráveis, 33% contrários e 23% não opinaram.

Entre os jovens (16 a 24 anos), 53% apoiam o estreitamento de relações com o grupo, contra 29% que preferem o distanciamento. Já a população acima de 60 anos está mais dividida, com 39% favoráveis a um aprofundamento das tratativas, 38% preferindo outros parceiros internacionais, e 22% não souberam ou não quiseram responder.

“Quase metade da população apoia o fortalecimento do bloco, mas significativos ⅓ são contrários. Isso é reflexo da polarização política, pois 1 em cada 3 brasileiros são contrários provavelmente apenas porque não concordam com o governo, e não necessariamente porque entendem que os BRICS sejam desvantajosos para o Brasil”, analisa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.

Para aqueles que declararam ter votado no presidente Lula no segundo turno das eleições de 2022, o apoio ao BRICS foi de 55%, enquanto 29% optaram pelo distanciamento do Brasil com o bloco e 16% não souberam responder. Já no eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve uma inversão de tendência: 44% querem distanciamento do grupo, e 42% desejam mais aproximação. “O cruzamento com o voto na eleição de 2022 é um sinal claro de como a polarização política interfere nesse debate”, reforça Tokarski.

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