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53% dos nordestinos esperam eventos climáticos extremos mais fortes, aponta pesquisa

86% dos moradores do interior consideram que as secas estão mais severas. Em relação a 2024, 57% dos nordestinos responderam que esses eventos foram piores que o normal

Salvador, Bahia (Carolina Gehlen/Exame)

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Publicado em 16 de abril de 2025 às 10h00.

Mais da metade (53%) dos moradores do Nordeste acreditam que os eventos climáticos extremos, como secas, inundações, tempestades e calor ou frio intensos, serão mais fortes nos próximos 5 anos, sendo 8% extremamente mais fortes e 45% muito mais fortes. Os dados são da pesquisa  “A visão do Nordeste sobre mudanças climáticas”, feita pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.

  • Outros 20% entendem que serão moderados, 10% menos fortes, 4% muito menos fortes e 12% não souberam ou não responderam. 
  • A perspectiva mais pessimista é mais comum entre quem tem ensino superior (16%) e renda familiar acima de 5 salários mínimos (22%).

Condições tem piora aparente

Em relação a 2024, 57% dos nordestinos responderam que esses eventos foram piores que o normal, sendo 11% muito pior. Outros 25% consideraram igual, 12% melhor que o normal, 3% muito melhor que o normal e 3% não souberam ou não responderam. Os moradores de capitais (17%) e pessoas com ensino superior (20%) registraram as piores percepções.

Entre as mudanças percebidas, 96% citaram aumento de temperatura, 90% menos chuva e 83% secas mais graves. O indicador da estiagem chega a 86% entre os moradores do interior e para quem tem renda familiar de até um salário mínimo.

Metade (49%) acredita que as mudanças climáticas são um grave problema, mas não uma crise; outros 27% consideram uma crise; 10% um problema menor; 9% nenhum problema e outros 5% não souberam ou não responderam.

O entendimento de que vivemos uma crise climática é mais recorrente entre mulheres (31%),  jovens de 16 a 24 anos (35%), pessoas com ensino superior (39%) e aqueles com renda acima de 5 salários mínimos (38%).

“A pesquisa mostra que os nordestinos estão preocupados com as mudanças climáticas e têm sentido com eventos extremos, como as altas temperaturas e as secas, com destaque para a população mais pobre e do interior. Os dados também revelam uma percepção mais crítica entre os brasileiros com maior escolaridade”, afirma o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski.

O entendimento de que o estado onde mora está passando por mudanças climáticas é de 90%. Outros 8% negam esse cenário e 2% não souberam ou não responderam.

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