Plataforma de conteúdo
Publicado em 14 de julho de 2025 às 13h00.
Depois de ouvir mais de mil pessoas na área de pré-vendas, responsável pela prospecção de clientes, a Receita Previsível descobriu que 65% deles utilizam inteligência artificial. Volume razoável, mas eis o detalhe:
A consultoria também constatou que profissionais que usam IA paga têm desempenho superior: 36% convertem acima de 20% dos leads e 11% convertem mais de 50%, contra apenas 17% e 5%, respectivamente, entre os que não usam IA.
Em outras palavras, existe um ‘gap’ considerável, o que pode exigir amadurecimento desta área em todo o Brasil.
"Vemos aqui o mesmo padrão de imaturidade: quem mais precisa de estruturação é quem menos investe em capacitação. A IA pode ser o divisor de águas, mas só se tratada com a seriedade que merece", observa Thiago Muniz, CEO da Receita Previsível e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo a pesquisa, intitulada Pesquisa de Pré-Vendas Brasil, realizada em parceria com a Academia Rapport, a falta de autonomia orçamentária é um entrave crítico.
Paradoxalmente, as empresas que submetem gastos ao RH – apenas 2% – são as que mais investem: 63% destinam R$3.500 ou mais por mês para tecnologia e inteligência comercial.
"É um círculo vicioso: quem mais precisa de agilidade nas decisões é quem menos tem autonomia. Isso retarda inovações e frustra equipes que poderiam entregar resultados superiores", diz Muniz.
Segundo a Receita Previsível, o destino dos recursos também revela muito sobre a área de pré-vendas.
Apesar das barreiras, a Pesquisa de Pré-Vendas Brasil aponta que a área está em transição. As empresas que superarem os entraves tecnológicos, ganharem autonomia orçamentária e estruturarem seus processos com mais profissionalismo estarão em vantagem competitiva.
"O mercado brasileiro de pré-vendas não é mais uma promessa, é uma realidade em busca de excelência", conclui Thiago Muniz.
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube