Transformação digital é um diferencial competitivo e não mais como uma opção
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Publicado em 12 de maio de 2025 às 13h00.
Em um mundo cada vez mais digital, estar online já não é diferencial — é ponto de partida. As empresas que realmente se destacam no mercado são aquelas que transformam presença digital em estratégia: utilizam dados de forma inteligente, integram canais com precisão e constroem jornadas digitais alinhadas aos seus objetivos de negócio.
Em 2024, os investimentos globais em novas tecnologias cresceram cerca de 8%, alcançando a marca de US$5,1 trilhões, segundo a Gartner. No Brasil, dados da Pesquisa de Inovação Semestral (PINTEC), realizada pelo IBGE em parceria com a ABDI e a UFRJ, mostram que 84,9% das indústrias de médio e grande porte já adotaram pelo menos uma tecnologia digital avançada.
“Os números impressionam, mas também levantam um alerta: não basta investir em inteligência artificial, automação ou big data. O verdadeiro diferencial está em como essas tecnologias serão aplicadas. Sem uma estratégia clara, orientada por dados e focada em resultados, os investimentos correm o risco de se tornarem apenas despesas — e não motores de crescimento”, comenta o vice-presidente de Estratégia de Crescimento e Inovação de Portfólio da Keyrus, multinacional de tecnologia, Rodrigo Cruz.
Esse dado reforça a urgência da transformação digital como um diferencial competitivo e não mais como uma opção. No entanto, o verdadeiro valor está em como essas tecnologias são aplicadas. Não adianta investir em inteligência artificial, automação ou big data se esses recursos não estiverem alinhados com uma estratégia clara e focada em resultados.
"Cada empresa tem desafios únicos, por isso, é fundamental entender suas particularidades e propor uma arquitetura digital que favoreça a tomada de decisão, o engajamento dos clientes e o crescimento sustentável”, explica Cruz.
Para apoiar líderes e organizações que buscam inovação com propósito, convidamos o especialista da Keyrus para enumerar sete estratégias digitais que estão fazendo sucesso nas empresas e podem te ajudar.
Não adianta estar em todos os canais se eles não conversam entre si. “Mapear a jornada do cliente e identificar onde estão os pontos de maior interação, como e-mail, redes sociais, WhatsApp ou aplicativos próprios permite criar uma comunicação mais eficaz e assertiva. É necessário escolher e integrar esses canais, alinhando a presença digital com a experiência desejada”, comenta.
No estudo “Avanços na cultura organizacional baseada em dados, analytics e IA”, produzido pela SAS, 90% das companhias brasileiras investem em dados e ferramentas de analytics visando identificar tendências e padrões de consumo. O percentual, novamente, é superior à média da América Latina, de 60%. Além disso, o Brasil (84%) lidera a utilização de dados, analytics e IA no que diz respeito à confiabilidade e à segurança das atividades empresariais, contra uma taxa média de 73% na América Latina.
Empresas data-driven têm mais agilidade para adaptar suas estratégias. A coleta, tratamento e análise dos dados de comportamento do consumidor, performance de vendas e métricas de engajamento são fundamentais para decisões mais informadas.
Conforme uma pesquisa de 2024 da SuperOffice, 86% dos compradores estão dispostos a pagar mais por uma excelente experiência, evidenciando que, mais do que produtos ou serviços, os consumidores valorizam interações que os façam sentir-se especiais e bem atendidos.
Oferecer experiências digitais sob medida já deixou de ser um diferencial e se tornou uma expectativa do consumidor. Ferramentas como CRMs avançados, segmentação por comportamento e campanhas automatizadas aumentam a taxa de conversão e fidelização.
Um levantamento da 8D Hubify revelou que 56,1% das empresas brasileiras investem até 5% do faturamento em marketing digital. “A automatização dos processos de marketing e vendas, com uso de ferramentas como RD Station, HubSpot ou Salesforce, melhora a produtividade do time comercial e aumenta a eficiência na geração e nutrição de leads” afirma o especialista da Keyrus.
Chatbots com IA, assistentes virtuais e soluções de NLP (Processamento de Linguagem Natural) estão transformando o atendimento ao cliente. Dados da Gartner preveem que até o final de 2025, 80% das interações de atendimento ao público serão gerenciadas por tecnologias de IA, o que representa um salto significativo em relação aos 52% registrados em 2020.
“Empresas que investem nessas tecnologias reduzem custos operacionais e melhoram a experiência do consumidor, com respostas mais rápidas e precisas”, acrescenta Rodrigo.
Migrar para a nuvem já é quase obrigatório, mas fazer isso com segurança e escalabilidade é o que garante o sucesso da operação. Soluções cloud permitem o crescimento dos negócios com menor custo de infraestrutura, além de facilitar a integração com outras tecnologias.
Mais do que ferramentas, a transformação digital exige mudança de mentalidade. Programas de capacitação, adoção de metodologias ágeis e uma liderança comprometida com a inovação são pontos-chave para garantir que a tecnologia seja bem aproveitada em todos os níveis da organização.
“Transformação digital não é um destino, mas uma jornada contínua de evolução. As empresas que entendem isso conseguem não apenas se adaptar às mudanças do mercado, mas liderar a inovação, criando valor real para seus clientes e para o negócio”, conclui Rodrigo Cruz.
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