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7 tendências globais que transformarão o setor de logística em 2026

Estudo da Prologis indica que mercados internacionais, e-commerce, automação, energia e defesa serão vetores-chave para a competitividade das cadeias de suprimentos

Logística brasileira precisa ficar atenta, em especial, a quatro pontos específicos (Leandro Fonseca/Exame)

Logística brasileira precisa ficar atenta, em especial, a quatro pontos específicos (Leandro Fonseca/Exame)

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Publicado em 26 de novembro de 2025 às 13h00.

No setor de logística brasileiro, 2026 será um ano de fortalecimento, com destaque para os seguintes pontos: vacância baixa e caindo, oferta restrita (criando competitividade), crescimento acelerado de aluguéis e valorização dos ativos existentes.

A a previsão é do estudo “Bold Predictions for 2026: Supply Chain Trends to Watch”, da Prologis, líder global em desenvolvimento e administração de galpões logísticos.

A edição anterior foi responsável por seis das sete previsões acertadas em 2025. A edição mais recente elencou as 7 tendências globais que transformarão o setor de logística ao longo do ano de 2026:

1. Mercados internacionais devem superar expectativas

A Prologis projeta que a Europa reduzirá sua taxa de vacância para abaixo de 5%, enquanto o Brasil deve registrar crescimento de aluguéis em dois dígitos pelo quarto ano consecutivo. 

Na Índia, movimentos de modernização e entrada de capital institucional devem impulsionar uma nova onda de desenvolvimento e ocupação.

2. Mercados porta de entrada nos EUA terão demanda mais alta em três anos

Regiões estratégicas como Inland Empire, na Califórnia, e a região de Nova Jersey devem observar forte absorção de galpões modernos, impulsionada por empresas que buscam aproximar estoques dos centros de consumo e reduzir custos logísticos.

3. Utilização de armazéns nos EUA alcança patamar expansivo

A taxa de utilização logística seguirá em alta e deve atingir o “nível expansivo”, que simboliza quando os ocupantes esgotam sua capacidade atual e iniciam um ciclo mais agressivo de novos contratos. Esse movimento tende a pressionar a oferta e acelerar novos desenvolvimentos.

4. E-commerce será responsável por quase 25% das novas locações

Com o avanço das vendas digitais,  que devem atingir cerca de 20% da participação global, empresas de e-commerce devem liderar o crescimento da ocupação logística, reforçando a necessidade de imóveis modernos e bem localizados.

5. Instalações power-ready tornam-se prioridade global

A disponibilidade de energia passa a integrar o top 3 dos fatores mais determinantes na escolha de novas instalações pelas empresas. 

As operações automatizadas e soluções avançadas de manufatura demandam até 5 vezes mais energia que a base de 2024, elevando a importância de parques logísticos preparados para alta demanda elétrica.

6. Demanda ligada à defesa impulsiona corredores industriais nos EUA e Europa

O crescimento dos investimentos em defesa deve reativar regiões industriais maduras e estimular a criação de uma nova categoria de ativos logísticos especializados — um segmento no qual a Prologis tem histórico e capacidade técnica para atuar.

7. Capacidade de transporte rodoviário continuará encolhendo

A diminuição estrutural da oferta de caminhoneiros e transportadoras, somada a regulamentações mais rígidas, deve resultar em aumentos de frete de dois dígitos em 2026. 

Isso ampliará a importância de ativos próximos aos centros de consumo, reduzindo percursos e custos operacionais.

O cenário brasileiro

Em detalhes, os quatro pontos principais para o setor de logística brasileiro se resumem a:

  • Vacância baixa e caindo: São Paulo e Rio registram cerca de 8,5% de vacância, com tendência de redução por conta da forte absorção;
  • Oferta restrita: O pipeline de novos galpões modernos permanece limitado, criando um cenário de competição por ativos de qualidade;
  • Crescimento acelerado de aluguéis: A Prologis prevê, novamente, crescimento de dois dígitos nos aluguéis logísticos em 2026, impulsionado pela escassez de estoque moderno e pelo avanço estrutural do comércio eletrônico;
  • Valorização dos ativos existentes: A combinação de alta demanda e pouca oferta gera valorização natural dos imóveis já instalados, beneficiando operadores de larga escala, como a Prologis.

 

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