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70% das empresas brasileiras carecem de especialistas em IA

Levantamento aponta que 47,6% das organizações investem em programas de treinamento interno como forma de combater o gargalo

Investir na formação de especialistas em IA é forma de garantir perenidade dos negócios  (cofotoisme/Getty Images)

Investir na formação de especialistas em IA é forma de garantir perenidade dos negócios (cofotoisme/Getty Images)

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Publicado em 4 de novembro de 2025 às 13h00.

Faltam especialistas em inteligência artificial no mercado de trabalho. 75,8% das empresas classificam como “insuficiente” a disponibilidade de talentos em IA internamente.

A pesquisa, feita pela Zappts abordou 1233 corporações nos setores de Serviços, Tecnologia, Finanças, Varejo e Indústria. Segundo ela: 

  • 20,2% afirmam que ela é “suficiente”
  • 4% consideram a disponibilidade “adequada”

Surpreendentemente, Tecnologia é setor em situação mais crítica

No setor de Tecnologia, 71,4% das empresas consideram a disponibilidade insuficiente. O setor de Finanças vem em seguida, com 58,8%, seguido por Serviços (54,5%) e Varejo (56,2%). 

O setor Industrial, apesar de também enfrentar desafios, apresenta o melhor cenário, com 35,7% relatando insuficiência e 28,6% apontando disponibilidade adequada.

“A falta de talentos especializados em IA, é hoje, um dos principais obstáculos para o avanço da tecnologia. Superá-lo exigirá ações estruturadas de formação, parcerias com o ecossistema educacional e estratégias de retenção e upskilling, com objetivos de médio e longo prazo em cada empresa.” Diz Rodrigo Bornholdt, CTO e Cofundador da Zappts.

Treinamentos se tornaram principal estratégia contra o gargalo

Em contrapartida, diante da percepção generalizada de que há uma carência desses talentos em IA, as empresas têm adotado estratégias para mitigar o gargalo. 

Elas já  estão se movimentando e investindo na capacitação dos funcionários, como a principal estratégia de lidar com a escassez. Segundo o levantamento: 

  • 47,6% das empresas adotaram programas de treinamento interno para qualificação em IA
  • 45,2% investiram na participação em conferências e workshops,
  • 33,1% oferecem incentivo à educação continuada,
  • 29,9% investem em contratação de especialistas externos, 
  • 24,2% em parcerias com instituições acadêmicas,
  • Criação de centros de excelência também ganham força, com 23,4%. 

Ainda assim, 20,2% afirmam que não adotaram nenhuma iniciativa até o momento, esse resultado acende um alerta para a falta de planos estruturados em uma parcela importante das organizações entrevistadas.

“A capacitação em inteligência artificial, também é um investimento na inteligência humana, desperta a curiosidade, criatividade e a capacidade crítica de um profissional. Por isso, formar esses talentos em IA é prepará-los para esse novo tempo e garantir que a tecnologia seja instrumento de desenvolvimento.”  Finaliza Rodrigo.

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