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Como as Big Techs estão reagindo à desinformação?

Coluna semanal de Alexandre Loures e Flávio Castro traz as novidades de Comunicação e Marketing e os temas mais comentados nas redes

Redes sociais: ontem, o Facebook afirmou ter rejeitado 2,2 milhões de anúncios, e 120 mil posts foram removidos por apresentar alertas de informações falsas (Hero Images/Getty Images)

Redes sociais: ontem, o Facebook afirmou ter rejeitado 2,2 milhões de anúncios, e 120 mil posts foram removidos por apresentar alertas de informações falsas (Hero Images/Getty Images)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 08h00.

Desde que surgiram denúncias de que o Facebook fora usado, em 2016, em operações de manipulação de eleitores durante a campanha presidencial dos Estados Unidos e o referendo do Brexit no Reino Unido, a população começou a ficar mais atenta e a cobrar medidas das quatro maiores empresas de tecnologia do mundo. Afinal, o que estão fazendo para combater a desinformação?

O Facebook diz que redobrou seus esforços e alocou 35 mil colaboradores para cuidar da segurança das plataformas, além de parcerias com meios de comunicação especializados para a apuração de informações e investimento em inteligência artificial.

Na última semana, Facebook e Twitter baniram uma matéria do New York Post que fazia afirmações sobre possíveis negociações do filho do candidato à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, e que, além disso, continha informações pessoais do candidato, como seu e-mail.

Num primeiro momento, a rede social do passarinho proibiu seus usuários de publicarem links para a reportagem, enquanto o Facebook reduziu a frequência com que a matéria aparece nos feeds de notícias e em outros lugares na plataforma. Após dois dias, o Twitter voltou atrás da decisão, autorizando a distribuição da matéria, mas com alerta de origem suspeita.

Ontem, o Facebook afirmou ter rejeitado 2,2 milhões de anúncios, e 120 mil posts foram removidos por apresentar alertas de informações falsas. E as medidas também chegaram ao Youtube que alegou estar banindo da plataforma conteúdo que aborde teorias de conspiração como QAnon ou Pizzagate. A empresa disse que fortalecerá ações contra qualquer mensagem de ódio e assédio imediatamente.

Parece que, finalmente,  a cobrança por transparência e as recentes leis de regulamentação estão surtindo efeito. Pela primeira vez, estamos vendo ações concretas das grandes plataformas para combater a desinformação e os discursos de ódio nas redes sociais.

Veja essa e outras notícias da semana na nossa curadoria Bússola. Boa leitura!

  1. Twitter e Facebook restringem compartilhamento de matéria do New York Post sobre Biden >> https://www.theguardian.com/technology/2020/oct/14/facebook-twitter-new-york-post-hunter-biden?CMP=Share_iOSApp_Other
  2. Facebook e Instagram rejeitam 2,2 milhões de anúncios antes das eleições dos EUA >> https://www.uol.com.br/tilt/noticias/afp/2020/10/18/facebook-e-instagram-rejeitam-22-milhoes-de-anuncios-antes-das-eleicoes-nos-eua.htm
  3. Youtube bane conteúdos de assédio e teorias da conspiração como QAnon >> https://www.uol.com.br/tilt/noticias/reuters/2020/10/15/youtube-amplia-medidas-contra-conteudo-de-assedio-e-teorias-de-conspiracao.htm
  4. Relatório completo decodifica a dinâmica dos dados >> https://assets-eu-01.kc-usercontent.com/eb6a58b7-c891-0178-24ce-015bc8221f40/17de2804-d5ca-412f-a1de-87ba2284e315/Dentsu_DSI_Report_2020_Final.pdf
  5. Podcast: Como as democracias podem recuperar o poder digital? >> https://www.technologyreview.com/2020/10/15/1010571/podcast-democracies-digital-power/

*Sócios-diretores da FSB Comunicação

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