As instituições financeiras que já implementaram IA conseguem oferecer serviços mais personalizados (AndreyPopov/Getty Images)
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Publicado em 13 de novembro de 2025 às 07h00.
Analisando dados como os da Febraban, que apontam para um volume de 80% das instituições financeiras brasileiras já integradas à inteligência artificial, a pergunta que surge é: como exatamente a IA está sendo aplicada nas finanças?
A substituição do crédito genérico é um dos aspectos de maior destaque no movimento de automação. A IA permite personalização avançada e muitas empresas já estão a utilizando para tal.
“A inteligência artificial permite entender cada brasileiro como um indivíduo único. Em vez de aplicar regras genéricas, conseguimos criar soluções financeiras dinâmicas adaptadas à realidade de cada pessoa, seja na tomada de crédito ou na contratação de um seguro”, diz Victor Savioli, cofundador do Velotax, superapp de finanças pessoais.
De acordo com a consultoria McKinsey, o uso de IA em instituições financeiras pode reduzir custos operacionais em até 30% e aumentar a precisão de análises de risco em até 50%.
Mas consultando o especialista da Velotax, descobrimos como a personalização pode ser o verdadeiro pivô da transformação no setor financeiro.
Com a ampliação do uso da IA e do Open Finance, Savioli acredita que o futuro do mercado de crédito, em especial, será ainda mais previsível e integrado.
Para ele, a tendência é que os algoritmos passem a antecipar o comportamento financeiro do cliente, ajudando instituições a oferecerem produtos sob medida e consumidores a tomarem decisões mais conscientes.
“O avanço da Inteligência Artificial marca uma nova fase do sistema financeiro, mais inteligente, transparente e personalizado”, reforça o executivo.
Hoje, por meio do machine learning, as instituições financeiras que já implementaram IA conseguem cruzar informações comportamentais, padrões de consumo e até indicadores macroeconômicos para oferecer ofertas mais assertivas e inclusivas.
Para Savioli, isso atende às principais dores do consumidor, cujo a dificuldade não está apenas nas finanças em si, mas nas letras miúdas, nas telas confusas e nas respostas automáticas que não ajudam de verdade.
Nesse cenário, se cada dúvida, cada feedback e cada frustração forem entendidos como insumos valiosos, o mercado se adequará e usará a tecnologia para redesenhar jornadas, fluxos e linguagens.
“É assim que transformamos o que antes era um labirinto financeiro em uma experiência de contratação de crédito simples, fluida e confiável”, conclui Savioli.