Bússola

Um conteúdo Bússola

Como escolher um gerador de energia e evitar prejuízos causados pela chuva

Primavera chega com temporais no Sudeste. Para ajudar empreendedores a manterem suas atividades mesmo com apagões, especialista detalha fatores essenciais na escolha de um gerador de energia

Durante fortes chuvas, falta de energia pode ser resolvida com geradores (demaerre/Getty Images)

Durante fortes chuvas, falta de energia pode ser resolvida com geradores (demaerre/Getty Images)

Bússola
Bússola

Plataforma de conteúdo

Publicado em 24 de setembro de 2025 às 13h00.

Durante a primeira tempestade da primavera, estação que começou nesta segunda-feira (22), São Paulo viu o dia virar noite e mais de 500 mil imóveis ficaram sem energia. Para a cidade que nunca dorme, um cochilo no meio do dia pode significar perdas consideráveis. 

Para shopping centers, escritórios, hospitais e todo tipo de estabelecimento, a solução mais óbvia para garantir a continuidade das operações durante as tempestades é a aquisição de um gerador de energia

Em outubro do ano passado, a capital paulista registrou perdas de até R$ 1,82 bilhão durante os quatro dias do blecaute mais duradouro. Garantir a independência temporária da rede elétrica com um gerador pode ajudar diferentes setores a evitarem novas perdas este ano.

O que é preciso saber antes de investir em um gerador de energia?

Segundo especialista da Sotreq, distribuidora da marca Caterpillar no Brasil, é preciso considerar fatores como a potência necessária, o tipo de combustível disponível e as condições do local de instalação.

Cristiane Izzo, gerente de vendas varejo da Sotreq, conhece diferentes modelos desse equipamento e observa:

  • Geradores a diesel: continuam sendo os mais comuns pela versatilidade e rápida resposta em situações emergenciais. 
  • Geradores a gás: têm ganhado espaço em locais com rede de abastecimento por oferecerem menor emissão de CO2 local e ter melhor viabilidade em operações prolongadas.
  • Geradores bi-fuel: combinam diesel e gás sem perda de desempenho, ampliando autonomia e flexibilidade.

Segundo a especialista, também é possível optar por geradores carenados – que são aqueles com invólucro metálico e isolamento termoacústico, ou os abertos, indicados para ambientes técnicos. 

O mercado ainda oferece modelos estacionários, para uso fixo e os portáteis – estes últimos ideais para demandas temporárias, como eventos e obras.

Para ajudar o empreendedor a ter uma noção das possibilidades, Izzo cita o Programa Power Hub da Caterpillar, que permite simular cenários e dimensionar a solução de geração energética mais adequada ao perfil de consumo do negócio.

“Quando a chuva aperta, a primeira preocupação de quem vende e presta serviço é não parar. O mercado tem olhado para a utilização de geradores como uma proteção da receita do negócio, porque a loja segue aberta, o estoque é mantido refrigerado e não se perde, além do cliente que continua a ser atendido”, ressalta Izzo.

Economia de energia e manutenção preventiva

Segundo a Sotreq, o uso planejado de geradores, fora dos momentos críticos, também pode reduzir as despesas com energia em até 30%. O segredo é o uso durante os horários de pico. 

Mas para garantir as vantagens, é necessária a manutenção contínua e preventiva. Mesmo os empreendimentos que já possuem geradores precisam executá-la antes do início do período chuvoso. 

Recomenda-se verificar o sistema de partida, o nível de combustível, a fiação e os pontos de ventilação, além de manter o equipamento em local protegido contra alagamentos

“A manutenção preventiva, periódica, ajuda a reduzir falhas e a ampliar a vida útil do gerador”, aconselha Izzo.

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaChuvas

Mais de Bússola

Tem algo acontecendo com a transmissão de eventos regionais — e o mercado precisa ficar de olho

Bússola & Cia: prêmio vai reconhecer empresas pelo uso de IA com impacto real nos negócios

Opinião: A conta não fecha e o Brasil ainda precisa tirar do papel diversidade e inclusão

Inflação recua, mas alimentação saudável ainda consome 80% do salário mínimo