Unidade da Loja dos Sonhos, projeto do grupo Azzas 2154 (Azzas 2154/Divulgação)
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Publicado em 10 de março de 2025 às 13h01.
No Brasil, apenas 35% dos cargos da alta liderança pertencem a mulheres, segundo pesquisa da Diversitera. Dessas líderes, 48% relatam dificuldade ou entraves para crescer profissionalmente, segundo pesquisa feita pela Nexus e a TodasGroup.
Do lado delas, as que estão em cargos de gerência executiva, diretora ou C-level, um dos principais problemas enxergados é a falta de fomento e apoio por parte das próprias empresas.
“Avançar na busca por maior representatividade feminina vai além de simplesmente abrir portas — começa com a educação e o empoderamento de mulheres jovens desde cedo, tornando-as conscientes de sua relevância para a sociedade e sua capacidade de liderar a transformação”, diz Beyza Ozdemir, diretora geral de Operações Comerciais para a América do Sul na Karpowership.
Para a diretora, esta é uma questão que se encaixa no “S” de ESG, e que pode ser tratada com a criação de projetos de impacto social. Ela afirma que o assunto precisa ganhar destaque em eventos como a COP30, que será realizada em novembro deste ano. Assim, ficará mais claro o caminho que pode ser tomado pelas organizações.
“Em muitos casos, o desafio vai além do direcionamento da carreira — é sobre ter acesso a plataformas onde elas possam se expressar, compartilhar suas perspectivas e dialogar com profissionais experientes em diferentes setores”, observa.
Na moda, setor majoritariamente feminino, é possível encontrar alguns dos projetos de impacto social com melhores resultados. Para empresas como o grupo Azzas 2154, uma vez que as necessidades básicas estão garantidas, as mulheres podem se concentrar na ascensão profissional.
“Cada iniciativa que apoiamos é uma oportunidade de promover a autonomia feminina e romper ciclos de vulnerabilidade", comenta Suelen Joner, gerente-executiva de Sustentabilidade do Azzas 2154. A companhia destaca o “Loja dos Sonhos” como principal projeto a cumprir este objetivo.
A iniciativa é voltada para o apoio de mulheres em situação de vulnerabilidade. As lojas vendem a preços acessíveis as peças de marcas do grupo, como Arezzo e Schutz. Toda receita é destinada às instituições Costurando Sonhos e Casa Transitória, fortalecendo o impacto da iniciativa e viabilizando cursos de corte e costura.
As formações oferecem às mulheres a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e conquistar autonomia financeira. Com esse modelo, o projeto já gerou mais de R$ 230 mil em receita para suas duas unidades e impactou mais de 40 mil pessoas.
"A Loja dos Sonhos proporciona para mulheres periféricas e, que muitas vezes não têm condições financeiras, a possibilidade de sonhar e realizar. Estar acompanhada de marcas que passam credibilidade, conforto e empoderamento foi essencial para minha construção no palco”, diz Marta Souza, da periferia do Taboão da Serra, ressaltando a importância da Loja dos Sonhos de Paraisópolis na sua trajetória de 20 anos como cantora.
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