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Empresas precisam ver neurodivergência como dimensão da diversidade, diz head no setor da Educação

Empresa tem fortes iniciativas de diversidade para neurodivergentes; e criou e-book gratuito para educadores entenderem como lidar com a condição

 (Carol Yepes/Getty Images)

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Publicado em 13 de maio de 2025 às 07h00.

No Brasil, cerca de 2% da população é ruiva. É uma característica incomum, definida por traços genéticos raros. As condições de TDAH, autismo e dislexia funcionam mais ou menos da mesma forma. São tipos de cérebros incomuns, definidos por genes encontrados em poucas pessoas. É dessa noção que surgiu o conceito de neurodivergência

Debaixo desse “guarda-chuva”, encontra-se uma população carente de atenção dentro da esfera profissional. Enquanto cabelos ruivos não interferem no dia a dia, cérebros que divergem do comum podem gerar vidas com graves problemas de adequação. 

“Ainda há um vácuo expressivo em áreas como saúde, mercado de trabalho e políticas públicas. A falta de iniciativas estruturadas nesses campos dificulta o diagnóstico adequado, a inclusão produtiva e o acesso a direitos básicos por parte da população neurodivergente”, diz Thiago Zola, Mestre em Educação e Head de Produtos da Mind Lab.

Líder mundial em Pesquisa e Desenvolvimento de tecnologias educacionais, a empresa se dedica a abordar o tema em suas iniciativas de impacto social. A mais recente foi o lançamento de um e-book gratuito, intitulado “TDAH em sala de aula: orientações para os professores.

A iniciativa no setor da educação 

O TDAH está presente em cerca de 7,6% das crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. O material desenvolvido pela Mind Lab integra um conjunto de informações que facilita o dia a dia dos  educadores ao reunir no mesmo documento alguns dos conhecimentos teóricos e práticas pedagógicas mais eficazes para lidar com o TDAH, com foco em uma educação inclusiva. 

O conteúdo explica, em detalhes, o que é a condição neurológica, a incidência no Brasil e no mundo e os impactos no desempenho escolar, nas interações sociais e na autoestima de cada criança ou adolescente sem um acompanhamento adequado.

“O papel do professor em sala de aula vai muito além do lecionar. É importante prestar atenção nos comportamentos dos alunos, de modo a ser um agente identificador de dificuldades e obstáculos para o pleno desenvolvimento da criança, especialmente em uma fase crucial como a infância. Por isso, lançamos esse conteúdo totalmente gratuito com o único objetivo de reunir o maior número de informações capazes de auxiliar educadores de todo o Brasil a ajudar os alunos de maneira eficiente e inclusiva”, diz Miriam Dantas, Coordenadora Pedagógica da Mind Lab.

O que as empresas de outros setores podem fazer a respeito

Segundo Zola, O caminho passa por reconhecer a neurodivergência como uma dimensão da diversidade. Isso exige a criação de ambientes de trabalho mais acessíveis, a revisão de práticas de recrutamento e o investimento na capacitação das lideranças. Apoiar projetos sociais, políticas públicas e ações educativas também faz parte de um papel mais proativo das empresas brasileiras. Mas o principal é o fomento de ações verdadeiramente inclusivas, não as que segregam ainda mais”.

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