CI&T propôs três encontros que discutiram o assunto com insights importantes (Envato Divulgação)
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Publicado em 6 de maio de 2025 às 07h00.
A capacidade de adotar de forma efetiva o uso de inteligência artificial pode impactar diretamente nos resultados da operação. O assunto, em ascensão devido às recentes discussões sobre transformação digital, foi pauta importante do Web Summit Rio 2025.
Especialista em ambos os assuntos, a CI&T propôs três encontros durante o evento, visando guiar as empresas que ainda não conseguiram se adaptar ao novo padrão do mercado internacional.
Desses, retiramos cinco insights estratégicos sobre como adotar a IA com efetividade, segurança e impacto humano real nas organizações.
Antes de qualquer iniciativa, é fundamental que a empresa defina uma ambição clara e compartilhada em relação à IA. Esse ponto foi amplamente explorado no painel “Innovate to Adapt”, com Bruno Guicardi, cofundador da CI&T. O debate destacou a importância de alinhar a IA aos desafios específicos e à identidade de cada negócio.
“A economia moderna exige mais do que adaptação – requer reinvenção constante. Resultados dizem respeito ao impacto nos negócios e o verdadeiro sucesso está em compreender a inovação e em como ela impulsiona mudanças significativas no núcleo da empresa. Trata, portanto, de focar nos resultados positivos que surgem da adaptação”, afirmou Bruno Guicardi.
A transformação digital é, acima de tudo, um movimento humano. Durante a masterclass “AI Transformation: A People-Centered Journey”, Fernando Ostanelli, diretor executivo Latam da CI&T, e Laura Kroeff, vice-presidente de estratégia e inovação da Box1824, enfatizaram a importância de preparar os profissionais para novos modelos de trabalho com IA. “IA-First é uma mudança de mentalidade. É ensinar as pessoas a pensarem diferente e não apenas a operarem novas ferramentas”, destacou Ostanelli.
Para isso, é essencial investir no desenvolvimento de novas habilidades (reskilling) e identificar os campeões internos — sejam criadores de soluções (alfas) ou disseminadores (betas). Eles atuam como protagonistas dessa transformação e ajudam a difundir o conhecimento e as práticas associadas à IA dentro da organização.
Governança foi um tema transversal aos encontros. Os líderes presentes ressaltaram que a experimentação deve ser incentivada, mas dentro de uma estrutura que garanta proteção de dados, controle de acesso e responsabilidade no uso de agentes de IA.
A IA não deve ser tratada como uma solução isolada, mas como um motor estratégico que reforça o posicionamento da empresa diante do mercado. No painel “Building a Culture of Innovation”, Paula Englert, presidente da Box1824, discutiu a importância de alinhar cultura organizacional, tecnologia e valor entregue ao cliente final.
“A geração atual está crescendo usando serviços impulsionados por algoritmos bem treinados. Soluções hiperpersonalizadas, rápidas e fluídas estão se tornando o padrão de como esses consumidores se relacionam com as marcas”, destacou Paula, chamando atenção para a experiência do usuário como diferencial competitivo.
Por fim, um consenso entre os participantes: sem dados confiáveis, a IA não é eficaz. Os painéis enfatizaram a necessidade de investir na estruturação, qualidade e governança dos dados como base sólida para qualquer iniciativa envolvendo inteligência artificial. Dados organizados e confiáveis permitem que agentes de IA operem com precisão, responsabilidade e gerem impacto real nos negócios.
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