Os peptídeos bioativos são pequenas partículas de colágeno facilmente absorvidas pelo corpo (Anna Efetova/Getty Images)
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Publicado em 11 de agosto de 2025 às 13h42.
Suplementos de colágeno são eficazes para a melhoria da pele. Foi o que mensurou um novo estudo conduzido por pesquisadores brasileiros, publicado no Journal of Medicinal Food. A suplementação com colágeno oligopeptídico (em pequenas partículas) promoveu benefícios mensuráveis para a saúde da pele em poucas semanas.
A pesquisa com 85 mulheres entre 45 e 60 anos utilizou um modelo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, considerado o padrão mais rigoroso para avaliar eficácia. Durante 84 dias, as participantes receberam diariamente 2,5 gramas do suplemento ou placebo, a depender do grupo, com medições realizadas aos 28, 56 e 84 dias.
No grupo que recebeu o colágeno, a firmeza da pele aumentou 9,7% após 56 dias e 12,2% ao fim do estudo. A elasticidade também apresentou ganhos, com elevação de 6,8% e 8,3%, respectivamente. Após 84 dias, todas as voluntárias que consumiram o suplemento apresentaram melhora nesse ponto.
Além das alterações visíveis, análises laboratoriais mostraram estímulo à produção de colágeno tipo I, decorina, biglicano e ácido hialurônico, elementos considerados essenciais para a hidratação e sustentação da pele.
Também foi observada redução da atividade de enzimas que degradam essas estruturas, acompanhada por um aumento na presença de proteínas inibidoras naturais dessas enzimas.
Para os pesquisadores, esses efeitos combinados contribuem para a renovação da matriz extracelular e o fortalecimento do tecido cutâneo, tornando a pele mais resistente ao envelhecimento e a fatores externos como sol, poluição e movimentos faciais repetitivos.
Essa conclusão foi alcançada por meio da análise de Vivian Zague, diretora do departamento de P&D da Genu-in, empresa da JBS Novos Negócios, Ana Lucia Tabarini Alves Pinheiro, Juliana Rodrigues Pinto, Gustavo Facchini e Samara Eberlin, da Kosmoscience Group, empresa que presta serviços de pesquisa clínica e pré-clínica com testes de eficácia, segurança e análise instrumental dos produto para indústria de cosméticos, higiene pessoal, farmacêuticos, entre outros.
O estudo chega em um momento de crescimento acelerado do setor de suplementos de colágeno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população com 60 anos ou mais deve quase duplicar no período de 2015 a 2050, impulsionando a busca por soluções que prolonguem a vitalidade da pele. Estimativas apontam que o mercado global de colágeno, avaliado em US$ 10,58 bilhões em 2024, deve alcançar US$ 17,65 bilhões até 2033.
O suplemento de colágeno oligopeptídico utilizado no estudo é conhecido comercialmente como Genu-in Life Skin, ingrediente que chega ao mercado B2B. A tecnologia por trás dele, chamada Peptide Profile Tailoring, garante todas as sequências peptídicas padronizadas, assegurando a consistência dos resultados clínicos.
Segundo Vivian Zague, uma das autoras do estudo e diretora de Pesquisa, Saúde e Nutrição da JBS, essa abordagem garante eficácia comprovada, atendendo à crescente demanda por soluções integradas de saúde e beleza.
“Os peptídeos bioativos são pequenas partículas de colágeno facilmente absorvidas pelo corpo. Esses peptídeos atuam nas camadas mais profundas da pele como mensageiros biológicos, incentivando a produção natural de colágeno e ajudando a reparar a estrutura da pele”, explica Viviane.
Com a combinação de evidências clínicas e uma tecnologia de produção que assegura resultados consistentes, o estudo reforça o potencial dos peptídeos de colágeno como aliado no cuidado com a pele. Para especialistas, pesquisas como essa ajudam a diferenciar produtos, oferecendo ao consumidor informações para suas escolhas.
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