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Evento em São Paulo explora resultados da equidade racial na governança corporativa

 Inclusão deixa de ser discurso e passa a definir valor, risco e reputação das empresas

Evento será realizado no Memorial da América Latina (Divulgação/Divulgação)

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Publicado em 16 de outubro de 2025 às 07h00.

Estudo global da McKinsey aponta que empresas com maior diversidade racial na liderança têm 35% mais chances de apresentar resultados financeiros acima da média. Nos dias 10 e 11 de novembro, o 11º Fórum Brasil Diverso 2025 pretende explorar a importância de métricas como esta.

“A equidade racial deixou de ser um compromisso reputacional e passou a integrar as decisões estratégicas que determinam o valor e a longevidade das empresas. O mercado quer consistência, métricas e resultados — não apenas narrativas”, diz Maurício Pestana, CEO e fundador do Fórum Brasil Diverso.

Os efeitos práticos da governança inclusiva serão centro das discussões do evento. Realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo, ele reunirá CEOs, investidores e especialistas em ESG e sustentabilidade.

Governança inclusiva está se tornando regra

Segundo o Fórum Brasil Diverso, uma mudança está acontecendo: apesar de fenômenos como diversitywashing – quando empresas se limitam a apenas campanhas e discursos –  a governança inclusiva está se tornando fator central, pois o mercado espera resultados práticos.

“Quando uma companhia entende que 56% da população brasileira é negra e que ignorar esse público é abrir mão de metade do mercado, ela começa a perceber que inclusão e resultado caminham juntos”, avalia Pestana.

  • No Brasil, o poder de consumo da população negra já ultrapassa R$ 1,9 trilhão, segundo o Instituto Locomotiva. 

Como prova deste movimento a favor de ações concretas na governança inclusiva, o Fórum Brasil Diverso também considera o seguinte cenário – influenciado por novas regras da B3:

  • A partir de 2026, metas raciais devem se tornar parte dos relatórios anuais auditados, e indicadores de diversidade poderão compor a remuneração variável de executivos. 
  • Ao mesmo tempo, fundos ESG e bancos já analisam condicionar crédito e investimento à comprovação de impacto social e diversidade nas lideranças.

Nesse contexto, práticas superficiais de diversitywashing tendem a perder espaço. O evento vai colocar o assunto em pauta, incluindo painéis e uma Feira de Oportunidades.

  • Estarão presentes empresas como Vivo, Bayer, Itaú e Carrefour oferecendo vagas afirmativas e programas de recrutamento inclusivo.

“O Fórum nasceu com a missão de transformar discurso em prática, e prática em governança. Não se trata apenas de contratar com diversidade, mas de estruturar o poder decisório de forma plural e responsável”, conclui Pestana.

 

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