A Black Friday deixou de ser um impulso e passou a ser parte do planejamento (NurPhoto/Getty Images)
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Publicado em 24 de novembro de 2025 às 13h00.
Um levantamento da Portão 3 (P3), plataforma de gestão e pagamentos corporativos, mostra que as semanas da Black Friday e do Natal registraram saltos semanais de até 84% nas transações, em comparação à média das demais semanas do ano, reforçando como o calendário promocional ainda dita o ritmo do comércio eletrônico nacional.
Durante a Black Friday, o volume transacionado foi 78% superior ao patamar médio de outubro. No período do Natal, o crescimento chegou a 84% em relação à média do segundo semestre. O pico absoluto ocorreu no dia 20 de dezembro, com R$ 4,7 milhões movimentados, mais que o dobro do maior volume diário registrado no mesmo período do ano anterior.
A concentração de consumo em poucas semanas evidencia um comportamento de compra cada vez mais orientado por descontos e campanhas de alto impacto.
Em vez de uma jornada de consumo contínua, observa-se uma compressão da demanda, com consumidores aguardando datas específicas para realizar gastos relevantes.
Essa dinâmica reforça o peso das estratégias promocionais e a necessidade de eficiência operacional das empresas para lidar com picos intensos de transações.
Os dados também detalham como os investimentos em mídia digital se distribuem entre plataformas:
O TikTok aparece em crescimento, respondendo por 9,6% das transações, mas com apenas 5,2% do volume, refletindo um tíquete médio menor e consolidando-se como canal complementar para awareness e performance.
O Kwai, embora represente apenas 0,12% das transações, concentra 4,6% do volume, sugerindo campanhas de alto valor unitário.
Plataformas de nicho como Pinterest, LinkedIn e Twitter/X permanecem marginais, juntas somando menos de 1% das transações e do volume, mas podem representar oportunidades específicas para diversificação de campanhas B2B e de branding.
De um lado, a oportunidade de maximizar receitas em períodos curtos; de outro, o desafio de sustentar infraestrutura financeira e logística capaz de suportar a escalada repentina no volume de pagamentos e pedidos.
“A Black Friday deixou de ser um impulso e passou a ser parte do planejamento. As pessoas antecipam as compras de Natal, aproveitam descontos e se preparam para o pico de consumo. No digital, isso se traduz em mais previsibilidade de caixa e em campanhas de mídia mais eficientes”, conclui Eduarda Camargo, CGO da fintech.