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Marcas que entram para marketplaces precisam se preparar para esses 4 desafios

Especialista fala sobre principais desafios que precisam ser entendidos pelas empresas

 (mesh cube/Getty Images)

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Publicado em 22 de maio de 2025 às 15h00.

De acordo com o relatório Retail X Top500 Brands, existe uma crescente na estratégia de venda direta ao consumidor (D2C) por meio de marketplaces, reduzindo a dependência de redes sociais ou canais próprios. Em 2024, as grandes marcas representavam 31% do Top1000 do e-commerce europeu, enquanto os marketplaces ampliaram sua participação para 26%. A mesma tendência segue para o Brasil e América Latina.

“A estratégia de mercado é fundamental para o sucesso das empresas nos marketplaces. As mesmas precisam entender o ecossistema das plataformas envolvidas e agir proativamente para otimizar seu mix de produtos, planejar lançamentos eficientes e melhorar continuamente títulos, características e preços. Fortalecer vendedores e lojas oficiais amplia a visibilidade, melhora a conversão e incentiva a catalogação correta das mercadorias”, dizJuliana Vital, Global Chief Revenue Officer na Nubimetrics, plataforma fornecedora de dados inteligentes para sellers.

Em um cenário de marketplaces em crescimento, entender os desafios e percalços que precisam ser enfrentados auxilia a superá-los de forma assertiva. Pensando nisso, a especialista indica os 4 principais para este nicho e como a tecnologia pode auxiliar.

1. Compreensão do funcionamento das plataformas

“Para atuar com eficiência no setor, é essencial entender como as diferentes categorias performam, e a melhor forma de identificar padrões de demanda e oferta, além de acompanhar tendências e analisar a localização dos compradores. Saber identificar os números de crescimento também ajuda nas futuras oportunidades e permite estruturar estratégias mais assertivas para aumentar a visibilidade e a conversão dos produtos. Neste sentido, optar por soluções que possibilitem a personalização de serviços pode auxiliar a alcançar melhores objetivos”, aponta a profissional.

2. Monitoramento de posicionamento e concorrência

De acordo com o ranking das 300 maiores varejistas em faturamento feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a concorrência nos marketplaces brasileiros tem se intensificado, refletindo o crescimento acelerado do comércio eletrônico no país. Nos últimos anos, os principais canais desse ramo concentraram aproximadamente 78% das vendas online no Brasil, totalizando um faturamento de R$203,4 bilhões.

“Acompanhar o market share (participação de uma empresa/marca no setor em relação ao total de vendas do setor em um determinado período), serve para garantir presença competitiva. Isso envolve a análise detalhada dos produtos mais vendidos, da aceitação do público e das avaliações recebidas. Além disso, mapear os vendedores que atuam com a marca, bem como o desempenho das lojas oficiais, ajuda a entender quais estratégias estão funcionando e onde há oportunidades de melhoria. Aqui na Nubimetrics, fornecemos informações inteligentes processadas com algoritmos avançados de inteligência artificial, para decisões estratégicas. Isso inclui históricos, atuais e preditivos, entregues de maneira eficiente em múltiplos formatos”, ressalta a CRO da Nubimetrics.

3. Identificação de oportunidades e ameaças

O ambiente de marketplaces ainda está em constante evolução, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças no comportamento do consumidor e novas regulamentações. Por isso, acompanhar essas transformações é essencial para que marcas consigam se posicionar estrategicamente e aproveitar oportunidades antes da concorrência.

“A capacidade de antecipar mudanças no cenário desses canais e ajustar rapidamente as operações é um diferencial competitivo, permitindo que empresas maximizem seu potencial de crescimento e se consolidem em um mercado dinâmico e desafiador”, comenta Juliana Vital.

4. Falsificações e preços irregulares

Com base em números divulgados pelo Ministério do Consumidor, na Black Friday de 2023, foi descoberto que mais de 20% dos produtos analisados violavam a lei e que 60% das organizações investigadas podem ter se envolvido em descontos enganosos. Entende-se por isso, que um operador aumenta o preço de alguns itens antes da data real e depois os reduz ao preço original.

“A presença de mercadorias falsificadas e a variação descontrolada de preços podem comprometer a reputação e a credibilidade da marca. Implementar mecanismos eficazes de monitoramento e denúncia, além de reforçar parcerias com sellers oficiais, ajuda a mitigar esses riscos. A padronização de preços e a adoção de estratégias de precificação competitivas também são essenciais para manter a atratividade e evitar desgastes na percepção do consumidor”, finaliza a especialista.

À medida que o e-commerce evolui e os marketplaces se tornam cada vez mais relevantes para seu público, a adoção de uma estratégia baseada em inteligência de mercado será um diferencial para marcas que desejam crescer de forma sustentável. Investir em tecnologia, monitoramento e análise de dados permitirá às organizações não apenas superarem desafios, mas também se destacarem em um ambiente altamente competitivo, garantindo maior visibilidade e fidelização dos clientes.

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