Para que consumo consciente seja praticado, setor precisa educar o consumidor sobre sistemas alimentares sustentáveis ( Tom Werner/Getty Images)
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Publicado em 14 de outubro de 2025 às 07h00.
68% dos brasileiros reconhecem a importância da sustentabilidade na produção de alimentos. Para estes, ela é determinante para o futuro do planeta. No entanto, menos de 20% sabe como identificar alimentos produzidos de forma sustentável.
A pesquisa da Ajinomoto do Brasil e da Nexus conclui que os brasileiros têm vontade de praticar o chamado “consumo consciente”, mas o setor de alimentação falha na educação dos consumidores.
“Os dados nos mostram um caminho claro. Não precisamos convencer o consumidor sobre a importância da sustentabilidade, que já é amplamente comentada. Precisamos trabalhar para que ela seja compreendida”, diz Adriana Moucherek, Diretora de Marketing, Trade e Inteligência de Dados na Ajinomoto do Brasil.
Atualmente, o ponto de partida para a melhor educação do consumidor brasileiro quanto ao consumo consciente se encontra na compreensão dos sistemas alimentares sustentáveis.
8 em cada 10 brasileiros não sabem o que eles são nem como são importantes para a prática. Por esse motivo, apenas 16% dos brasileiros entendem o que são selos e reconhecimentos e os verificam durante a compra de alimentos.
Em termos resumidos: um sistema alimentar é o conjunto de atividades envolvidas na produção, processamento, distribuição, preparo, consumo e descarte de alimentos.
Para ser considerado um sistema alimentar sustentável, essas atividades precisam considerar o impacto na saúde global e questões socioeconômicas e ambientais com o objetivo de garantir a segurança alimentar e nutricional.
É seguindo esta postura que produtos ganham selos e reconhecimentos, que podem ser verificados pelo consumidor interessado no consumo consciente.
“Os resultados mostram que o público não rejeita a sustentabilidade, mas precisa de informação mais clara e acessível. Os 29% que enxergam o conceito de sistemas alimentares sustentáveis distante ou confuso confirmam: o desafio para a indústria de alimentos não é a aceitação, mas sim a comunicação”, conclui Moucherek.