Mais do que aumento de vendas, ganhamos relevância, lealdade e, principalmente, credibilidade (LaylaBird/Getty Images)
Colunista Bússola
Publicado em 3 de julho de 2025 às 15h00.
Em um mundo em que os algoritmos mudam mais rápido do que conseguimos acompanhar, há algo que permanece constante: o poder da conexão humana. É por isso que o marketing de influência, longe de ser uma tendência passageira, se consolida como uma das estratégias mais potentes de construção de marca. Segundo pesquisa da Sprout Social, 59% dos profissionais de marketing afirmam que pretendem aumentar suas parcerias com influenciadores em 2025, um salto significativo em relação ao ano anterior.
Mas não é só sobre quantidade, é sobre intenção. A minha experiência com a marca Natalia Beauty comprova isso: influência que gera resultado não nasce de um contrato, mas de uma relação genuína, e sim, nós já testamos todos os formatos. Trabalhamos com grandes criadores, microinfluenciadores, celebridades e nomes ainda emergentes, e o que faz a diferença, sempre, é a verdade da conexão, a autenticidade do relacionamento, o brilho nos olhos de quem realmente acredita no que está indicando.
Enquanto muitos profissionais ainda tratam o marketing de influência como uma tática de mídia paga disfarçada, nós apostamos na cocriação de experiências reais. Na nossa clínica, por exemplo, não mandamos produtos com bilhetes genéricos ou fazemos ativações robotizadas. Nós envolvemos os influenciadores na história da marca, fazemos questão de recebê-los com afeto, explicar o porquê de cada procedimento, como nasceu cada técnica. Não queremos uma publi, queremos que eles sintam, vivam, se apaixonem e compartilhem de forma natural.
E os resultados são claros. Mais do que aumento de vendas, ganhamos relevância, lealdade e, principalmente, credibilidade. Quando uma influenciadora posta sobre a Natalia Beauty hoje, é porque ela já teve uma jornada com a gente e o público sente isso. Porque o consumidor atual já entendeu que nem toda influência é autêntica, mas sabe reconhecer quando é.
A pesquisa da Sprout também reforça algo importante: as marcas B2C estão entre as que mais buscam esse tipo de conexão, com 52% trabalhando com 6 a 10 influenciadores simultaneamente e não é por acaso. Quando feita com estratégia, essa é uma forma poderosa de ampliar o alcance e o engajamento, sem perder a essência da marca.
Outro dado importante do estudo mostra que o objetivo da maioria das marcas com o marketing de influência é aumentar o conhecimento da marca (66%) e o engajamento (59%). Mas se engana quem pensa que isso se constrói apenas com alcance. Não adianta ter milhões de views se ninguém sente nada pela sua marca. Emoção, hoje, é o novo algoritmo.
As plataformas estão cada vez mais fragmentadas e os usuários migram rapidamente entre TikTok, Threads, Bluesky e novas redes que surgem a todo momento. Nesse cenário volátil, criar parcerias duradouras se torna essencial. O influenciador não é mídia, ele é ponte, é elo entre a marca e um público que quer se sentir visto, respeitado e ouvido.
As formas tradicionais de publicidade estão perdendo força. O SEO sofre reconfigurações impulsionadas pela inteligência artificial, a mídia paga encarece e, muitas vezes, gera menos impacto. O marketing de influência surge como resposta emocional, orgânica e contemporânea, mas só funciona se for real.
Por isso, o que eu digo para qualquer marca que me pergunta sobre influência é simples: não comece pelo briefing. Comece pelo relacionamento. Descubra quem já ama o que você faz. Construa com essas pessoas. Elas não vão apenas divulgar, vão defender, e nesse novo mundo de narrativas e pertencimento, quem defende sua marca vale mais do que qualquer mídia.
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