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O PISA e a necessidade de uma nova era educacional  

João Moacir Filho, fundador da E.ducar, fala sobre os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, do ensino brasileiro e o que é necessário para o futuro da educação

“Muitos são os caminhos a serem seguidos e algumas medidas já estão sendo tomadas  em escolas públicas e privadas de todo Brasil”, afirma João (E.ducar/Divulgação)

“Muitos são os caminhos a serem seguidos e algumas medidas já estão sendo tomadas  em escolas públicas e privadas de todo Brasil”, afirma João (E.ducar/Divulgação)

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Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 13h25.

Última atualização em 15 de dezembro de 2023 às 16h41.

Por João Moacir Filho*

Os dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA, na sigla em inglês)  foram divulgados, no início de dezembro, e mostraram que a pandemia da Covid-19  provocou forte queda nos resultados de aprendizagem em diversos países, incluindo no  Brasil, ainda que em menor profundidade. Mas a grande pergunta do momento é: o que faremos para mudar este quadro e impulsionar a educação no nosso país? 

Muitos são os caminhos a serem seguidos e algumas medidas já estão sendo tomadas  em escolas públicas e privadas de todo Brasil. Tivemos avanços na expansão da jornada  escolar, na instituição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no maior foco em alfabetização. Mas trago aqui destaque para a necessidade de melhorar a formação dos  professores e usar cada vez mais a tecnologia como ferramenta de aprendizado. 

A pandemia trouxe foco para a importância da existência de um sistema de ensino  conectado e do uso de ferramentas didáticas que trouxessem maior dinamismo e  profundidade aos estudos. A presença de programas educativos que ampliam o  universo de aprendizado dos estudantes, trazendo detalhes, explicações sobre  problemas complexos e dados em real time, é algo que pode sim mudar bastante o  cenário atual registrado pelo Pisa. 

Claro que é preciso haver harmonia e ponderação no uso da tecnologia em sala de aula.  Nada da presença de redes sociais a todo momento ou de pontos que não estejam  alinhados à proposta da aula. O que trago aqui é o pensamento sobre incentivar temas  como o uso da robótica, inteligência artificial e programação para ampliar o universo  educacional e fazer com que os estudantes consigam resolver problemas e entender  totalmente as questões de uma prova. 

Um estudo sobre a tecnologia nas escolas  

Neste ano, tivemos a divulgação do VII Estudo Global sobre o uso da tecnologia na  educação - relatório Brasil 2022, realizado pela filial brasileira da BlinkLearning com apoio do Ministério da Educação (MEC), e a importância da presença da tecnologia na  sala de aula foi confirmada. Mais de 80% dos professores consideraram que o uso de  recursos digitais impulsiona a motivação dos estudantes e torna o conteúdo muito  atraente e dinâmico. 

A análise revelou também que o celular foi o dispositivo mais utilizado nas salas (46%) e  a maioria dos professores que responderam a pesquisa já utiliza algum material digital em  suas aulas. Outros pontos abordados foram os desafios do cenário educacional do país,  durante a pandemia, como a busca pela melhoria da formação dos professores nas competências digitais e a adaptação do processo de ensino a uma modalidade online. 

Estou há cinco anos neste segmento e afirmo que nada começa sem professores  alinhados com as possibilidades de um sistema tecnológico. É preciso mostrar a eles os  detalhes da nova realidade, ressaltar o ganho de dinamismo e interação nas aulas, além de realizar formações completas e repercutir as soluções digitais personalizadas que forem utilizadas. 

A nova abordagem de ensino não só irá melhorar os resultados acadêmicos dos  estudantes, mas também promoverá o aumento da satisfação e do engajamento deles,  além de auxiliar a atuação dos professores e ajudar as instituições a alcançarem seus  objetivos estratégicos

Na E.ducar, desenvolvemos materiais didáticos com recursos tecnológicos avançados  para estudantes do ensino básico e vejo na prática a diferença do antes e  depois dos alunos após o contato com a tecnologia. Ao longo dos anos, já tivemos mais  de 1 milhão de estudantes beneficiados e mais de 3.350 docentes formados nos  sistemas tecnológicos. Mas sabemos que há espaço para ir além e trazer soluções que  continuem impulsionando a educação brasileira.  

O importante é seguir em frente e buscar maneiras de melhorar o cenário de hoje.  Vamos juntos em direção a uma nova era educacional no país. 

*João Moacir Filho  é fundador da empresa E.DUCAR que desenvolve materiais educativos tecnológicos para todo o Brasil.

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