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5 competências comportamentais em alta para executivos de Finanças

CFOs complementam preparo técnico com habilidades que elevam o nível de gestão e otimizam decisões estratégicas

Gestão do futuro: empresas de destaque abandonam o comando centralizado e planos fixos.

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Assetz Expert Recruitment
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Articulista convidado

Publicado em 26 de agosto de 2025 às 09h55.

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Nos últimos anos, a função do CFO ultrapassou a fronteira da gestão financeira tradicional. Se antes o cargo era associado a relatórios precisos e rigor no controle orçamentário, hoje ele representa também a capacidade de guiar a companhia em decisões estratégicas, responder a cenários de alta complexidade e preparar o negócio para o futuro.

Nesse contexto, as competências comportamentais passaram a ter peso equivalente — e, muitas vezes, superior — às habilidades técnicas.

O que as empresas buscam em um CFO não é apenas domínio em modelagem financeira, regulação ou contabilidade avançada. É, sobretudo, a capacidade de liderar em meio à complexidade de um ambiente econômico volátil como o brasileiro — cenário que, historicamente, exige dos líderes de Finanças uma preparação superior à de muitos de seus pares globais.

Neste artigo, destacamos as habilidades comportamentais que os CFOs mais dominam, de acordo com os dados da pesquisa "O Perfil do CFO no Brasil", realizada pela Assetz em parceria com o Insper.

Resiliência e flexibilidade

É fato conhecido que, nas últimas décadas, o ambiente político e econômico do Brasil foi marcado por crises recorrentes, mudanças abruptas de política monetária e incertezas constantes. Os CFOs que se destacaram nesse período não o fizeram apenas pela técnica, mas também pela “resiliência”, “flexibilidade” e “agilidade” para reagir com assertividade a contextos imprevisíveis.

Essa tríade comportamental continua sendo, ainda hoje, destaque entre as competências desenvolvidas pelos executivos. É também um traço que confere aos profissionais de Finanças brasileiros um diferencial importante em relação aos seus pares estrangeiros.

Liderança e gestão de talentos

Se antes prevalecia uma liderança hierárquica e rígida, hoje o mercado valoriza gestores capazes de inspirar, ouvir e construir confiança. Na área de Finanças, esse movimento ganha nuances próprias, o que coloca ainda mais em evidência a habilidade de “liderança e gestão de talentos”.

O modelo atual privilegia estilos de liderança descritos pelo pesquisador norte-americano Daniel Goleman como “visionário”, “democrático”, “afirmativo”, “coach” e “modelador”, que abrem espaço para inovação, colaboração e desenvolvimento de talentos. O CFO que compreende essa mudança exerce não apenas a gestão de números, como também a orquestração de pessoas.

Aprendizado contínuo e pensamento analítico

Em meio às recorrentes mudanças no tabuleiro econômico, transformação digital e avanço da inteligência artificial, é inevitável que executivos de Finanças cultivem o aprendizado constante. Atualizar-se sobre novas ferramentas, absorver tendências globais e trocar experiências com pares são hoje atividades indissociáveis da rotina de um líder.

Além disso, o pensamento analítico — a capacidade de traduzir dados complexos em estratégias de negócio — é fundamental para antecipar movimentos de mercado e apoiar decisões críticas do conselho ou da presidência.

Capacidade de influência

Um CFO de alto nível não se limita a administrar resultados; ele influencia. Construir uma rede sólida de relacionamentos internos e externos é condição indispensável para acelerar processos e viabilizar soluções em momentos-chave. Em ambientes corporativos cada vez mais horizontais, a influência deixou de ser um atributo secundário para se tornar um diferencial competitivo.

Empatia, escuta ativa e pensamento criativo

No século XXI, a liderança eficaz exige “empatia” e “escuta ativa”. Nesse contexto, CFOs buscam compreender cada vez mais as dores da equipe e, a partir delas, redesenhar processos que favoreçam um ambiente saudável e produtivo. Essa habilidade estende-se à interlocução com executivos de outras áreas, promovendo integração real entre estratégia, operações e cultura.

A esse conjunto soma-se o “pensamento criativo”, no qual profissionais têm se apoiado para encontrar soluções originais sem abrir mão da governança e do compliance — um equilíbrio cada vez mais valorizado pelas organizações, especialmente em empresas de capital aberto.

O próximo passo dos CFOs

Diante de um mercado em transformação acelerada, CFOs que desejam permanecer relevantes precisam olhar além da técnica. Competências comportamentais como “resiliência”, “liderança inspiradora”, “aprendizado contínuo”, “influência” e “empatia” já não são diferenciais, e sim pré-requisitos.

Quem souber integrá-las ao domínio técnico estará mais bem preparado para conduzir organizações em direção à sustentabilidade e ao crescimento em longo prazo.

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