Mercado de trabalho passa por fase de desaceleração (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 10h02.
Nos últimos meses, a narrativa do “fim dos empregos” ganhou novo fôlego. Gigantes como Amazon, UPS e Meta anunciaram demissões em massa e associaram os cortes ao avanço da inteligência artificial. Mas, segundo a The Economist, a história é bem diferente: a IA está mudando o mercado, sim, só não é ela a principal culpada pelo desaquecimento do emprego.
Dados mostram que as demissões em escritórios e funções administrativas nos Estados Unidos, quase 1 milhão em 2025, 50% a mais que no ano anterior, refletem muito mais uma desaceleração econômica do que uma revolução tecnológica.
O ritmo de contratações caiu ao menor nível em uma década, e a taxa de desemprego entre jovens graduados subiu, especialmente entre os de 22 a 27 anos.
Pesquisas de instituições como Stanford e Harvard identificaram quedas no emprego entre profissionais mais jovens em áreas de alta exposição à IA, como desenvolvimento de software.
No entanto, análises do Economic Innovation Group e do Yale Budget Lab apontam o contrário: o aumento do desemprego foi maior entre os setores menos expostos à tecnologia.
A conclusão é que a IA, até agora, não tem sido a principal força por trás das demissões, mas sim o ajuste natural de um mercado que cresceu demais após a pandemia.
Durante 2021 e 2022, setores como mídia, consultoria e tecnologia viveram uma expansão acelerada. O que se observa hoje é uma correção desse excesso.
"As empresas contrataram como loucas", admite Martin Casado, da Andreessen Horowitz, referindo-se ao boom de startups que inflou o mercado de software. Agora, esse crescimento dá lugar à busca por eficiência, um movimento típico de ciclos econômicos, e não necessariamente de automação em massa.
Ainda assim, a IA muda o jogo. Mesmo que não seja a vilã imediata dos cortes, ela redefine o que o mercado espera dos profissionais. O verdadeiro risco não está em ser substituído por uma máquina, mas em não dominar as ferramentas que a tornam produtiva.
À medida que o uso da inteligência artificial se torna universal, quem aprender a aplicá-la para gerar valor real tende a sair à frente, enquanto quem não acompanhar essa transição pode ficar para trás quando a economia voltar a crescer.
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