(Charday Penn/Getty Images)
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Publicado em 4 de junho de 2025 às 15h59.
É consenso que a inteligência artificial pode ser uma poderosa aliada na produtividade profissional. No entanto, uma pesquisa conduzida por pesquisadores de Harvard, MIT, Warwick e da Universidade da Pensilvânia revela que essa premissa precisa de uma ressalva importante: a IA funciona — e muito bem — em determinados contextos, mas pode atrapalhar seriamente em outros. As informações foram retiradas de Entrepreneur.
O estudo foi realizado com 758 consultores do Boston Consulting Group (BCG), divididos em dois grupos para a realização de tarefas com e sem o uso do GPT-4. A primeira missão era gerar ideias de calçados para nichos de mercado; a segunda, resolver um problema de negócios com base em entrevistas e dados — sendo que, nesse caso, a IA propositalmente dava respostas incorretas.
Os resultados foram distintos e contundentes. Na tarefa criativa, os consultores que usaram IA foram 25,1% mais rápidos e concluíram 12,2% mais tarefas. Além disso, entregaram resultados com qualidade 40% superior àqueles que não utilizaram a ferramenta.
O mais interessante: a IA atuou como uma espécie de niveladora de habilidades. Consultores menos experientes tiveram uma melhora de desempenho de 43%, enquanto os mais experientes melhoraram 17%.
No entanto, quando a IA foi aplicada em um problema de análise crítica — e propositalmente falhou —, os consultores que contaram com a ajuda do GPT-4 tiveram desempenho inferior. Acertaram entre 60% e 70% das respostas, enquanto os que confiaram apenas em seu próprio raciocínio acertaram 84,5%.
A conclusão dos pesquisadores é que a IA generativa é altamente eficaz em tarefas que demandam criatividade e fluidez de ideias, mas ainda não é confiável para problemas que exigem discernimento, julgamento humano e interpretação de dados complexos.
Em ambientes de negócios cada vez mais dinâmicos, profissionais que aprendem a interagir com IA de forma estratégica têm mais chances de se destacar.
“Os melhores usuários que conheço não têm habilidades de engenharia, mas são bons em trabalhar com pessoas”, diz o professor Ethan Mollick, da Universidade da Pensilvânia e autor do livro Co-Intelligence,. Segundo ele, os resultados são ainda melhores quando se orienta a IA a “encarnar” um perfil adequado à tarefa — como um analista meticuloso ou um criativo publicitário.
Mais do que uma habilidade técnica, o domínio da inteligência artificial passa a ser uma habilidade estratégica. Em um cenário corporativo que valoriza a capacidade de adaptação, quem souber usar a IA como parceira — com clareza sobre suas limitações — estará um passo à frente.
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