Coach explica por que a pergunta “Fale sobre você” ainda derruba candidatos (Visual Generation/Getty Images)
Redatora
Publicado em 27 de novembro de 2025 às 12h00.
Durante uma entrevista de emprego, ouvir a pergunta "fale sobre você” pode ser desafiador, principalmente com os nervos a flor da pele.
A coach de carreira Madeline Mann, fundadora do canal do YouTubeSelf Made Millennial e autora, revelou a CNBC Make It que, apesar do questionamento parecer simples, a amplitude das possibilidades de respostas confunde até candidatos experientes.
Mesmo sendo usada muitas vezes apenas para quebrar o gelo, a pergunta define o tom da conversa e influencia a forma como avaliadores, humanos ou apoiados por sistemas de inteligência artificial, interpretam a trajetória profissional do candidato.
Madeline aponta que muitos entrevistados desviam para temas pessoais ou hobbies, quando o objetivo deveria ser apresentar, de maneira direta, experiências relevantes para a vaga.
Para organizar a resposta, a especialista recomenda uma fórmula em três etapas.
A primeira é abrir com uma frase curta que conecte a experiência anterior ao cargo desejado.
“Basicamente, combine-se com a descrição da vaga”, diz Mann.
Em áreas como contabilidade, isso pode significar mencionar os anos de atuação em empresas de crescimento acelerado ou a familiaridade com determinadas rotinas. Repetir palavras-chave do anúncio, afirma, tende a reforçar a aderência do candidato ao perfil buscado.
O segundo passo é destacar realizações mensuráveis.
A coach sugere selecionar resultados diretamente ligados ao escopo da função.
Entre os exemplos citados, estão a expansão de equipes, a execução de orçamentos ou reduções de custos obtidas em posições anteriores. Mesmo quem vem de áreas distintas pode enfatizar pontos de contato, como a vivência com planejamento financeiro ao apoiar lideranças na definição de gastos.
A última etapa é explicar, de forma objetiva, por que aquele cargo representa o próximo passo lógico da carreira.
Segundo Madeline, essa conclusão impede divagações e ajuda o avaliador a entender tanto a trajetória quanto a motivação do candidato.
Num mercado em que ferramentas de IA analisam currículos, mapeiam padrões e até avaliam vídeos de entrevistas, a clareza ganha ainda mais peso.
Respostas estruturadas funcionam não apenas para recrutadores, mas também para algoritmos que buscam correspondência entre competências e requisitos técnicos.
A fórmula de Madeline, observa ela, organiza informação, reduz ruído e aumenta a precisão, um diferencial quando a tecnologia se torna parte decisiva do processo seletivo.
De olho nos recentes movimentos do mercado e nas perspectivas para o futuro do trabalho, a EXAME desenvolveu um curso virtual e gratuito sobre inteligência artificial.
O curso será transmitido ao vivo e terá duração de duas horas.
O treinamento vai revelar as principais ferramentas de IA que todo profissional – independente do setor de atuação – precisa dominar. Essas ferramentas podem ser úteis para otimizar as tarefas no trabalho, criar um plano de carreira estruturado, ter reuniões mais assertivas e até mesmo conquistar aquela posição dos sonhos.
Para garantir a sua vaga, clique aqui.