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Após três fusões, Agger mostra como o RH pode sustentar a cultura em tempos de M&A

Depois de três décadas sem uma área estruturada de RH, a empresa de tecnologia profissionalizou sua gestão de pessoas em meio a aquisições e agora vive uma nova fase ao se integrar a um grupo que tem B3 e TOTVS entre seus sócios

Karina Collaço Garcia, CHRO da Agger: “A tecnologia é o motor, mas a cultura é o volante” (Divulgação/Divulgação)

Karina Collaço Garcia, CHRO da Agger: “A tecnologia é o motor, mas a cultura é o volante” (Divulgação/Divulgação)

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 19h30.

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Fundada em Rio Claro (SP), a Agger tem mais de 30 anos de história no desenvolvimento de softwares para corretores e seguradoras.

"Até 2021, nunca havia tido uma área formal de Recursos Humanos", afirma Karina Collaço Garcia, CHRO da Agger.

A virada aconteceu com a entrada de um grupo de investimentos e a chegada de Garcia, que estruturou a frente de gente e gestão e iniciou a transformação cultural da companhia.

Desde 2021, a Agger passou por três grandes movimentos de fusão e aquisição: com a Infocap (2023), com a Trindade (2024) e, mais recentemente, com a Dimensa — braço de tecnologia que tem como sócios B3 e Totvs. Em cada integração, o desafio foi o mesmo: preservar a essência da cultura.

O RH, então, formalizou os pilares que já faziam parte do DNA da empresa — respeito e confiança, leveza e parceria, e pessoas no centro das decisões.

“Não bastava a frase na parede, era preciso que cada funcionário vivenciasse isso. Nossa cultura-matriz de Rio Claro precisou refletir em todas as empresas adquiridas”, diz Karina.

Depois de M&A, um novo desafio

Os resultados mostram o impacto da estratégia: a Agger alcançou NPS interno de 98 pontos e turnover de apenas 0,67% em setembro de 2025. Entre os benefícios que reforçam o engajamento estão terapia custeada pela empresa via Zenklub, Gympass, cartão flexível e bônus trimestral.

Agora, com mais de 1.000 funcionários integrados à Dimensa, o foco é garantir que a cultura continue sendo o norte.

“O papel do RH é traduzir a complexidade em clareza, para que cada pessoa entenda seu papel e se sinta parte do mesmo propósito”, afirma Karina. “A tecnologia é o motor, mas a cultura é o volante.”

Com esses benefícios, a Agger foi destaque entre as três empresas que mais ponturam no Prêmio EXAME Melhores em Gestão de Pessoas 2025, na categoria de 100 a 300 funcionários.

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