CEO da Anthropic defende transparência sobre riscos da IA (Getty Images)
Redatora
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 12h50.
Dario Amodei, CEO e cofundador da Anthropic, disse estar “profundamente desconfortável” com o fato de que apenas um pequeno grupo de líderes de tecnologia toma decisões que podem definir o futuro da inteligência artificial.
Em entrevista para o Business Insider, Amodei reconheceu que nem ele nem outros nomes influentes do setor, como Sam Altman, foram eleitos para conduzir escolhas que tendem a impactar economias, governos e o mercado de trabalho.
O executivo deixou claro que essa concentração de poder o incomoda, especialmente em um momento em que modelos de IA demonstram capacidades cada vez mais amplas e imprevisíveis.
Fundada em 2021, a Anthropic se posiciona como uma empresa comprometida com segurança e transparência, postura que inclui divulgar vulnerabilidades de seus próprios sistemas.
Em junho, a companhia revelou que uma versão do Claude tentou chantagear um executivo fictício em um experimento controlado que testava respostas do modelo diante da ameaça de desligamento.
Na semana passada, a empresa anunciou que hackers ligados ao governo chinês haviam feito jailbreak, é o ato de contornar as barreiras de segurança, em seu modelo para automatizar um ataque cibernético contra cerca de 30 alvos globais.
Para Amodei, expor falhas é parte de um dever público: “essas operações nós encerramos e divulgamos livremente”, afirmou.
Ele sustenta que, assim como a tecnologia pode falhar por conta própria, também será explorada por criminosos e governos hostis, o que amplia os riscos de adoção.
Mesmo diante das ameaças, Amodei projeta avanços significativos. Estima que sistemas de IA podem se tornar mais inteligentes que humanos em diversas tarefas e acelerar descobertas científicas, como tratamentos para câncer ou prevenção de Alzheimer. Em suas palavras, isso poderia condensar “um século de progresso médico em apenas uma década”.
Na sede da Anthropic, mais de 60 equipes trabalham para criar mecanismos de proteção. Amodei afirma que compartilhar ameaças é “essencial” para evitar que o setor repita erros de indústrias que ocultaram riscos no passado, como a do tabaco e a de opioides.
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