Carreira

Burnout 2.0: como repensar o ritmo de trabalho antes que o time caia na cultura do excesso

Cansaço extremo, perda de foco e excesso de trabalho não são parte do jogo. São sinais que pedem ação

 (Yasser Chalid/Getty Images)

(Yasser Chalid/Getty Images)

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 13h34.

O esgotamento profissional já foi chamado de frescura, exagero e até moda. Mas hoje, é reconhecido como uma síndrome ocupacional pela Organização Mundial da Saúde. 

Mesmo após décadas de discussão sobre o tema, ainda não chegamos perto de resolvê-lo, e parte do problema está na forma como definimos o que é “trabalhar bem”.

A especialista em estresse Paula Davis aponta que o burnout não é um problema individual a ser tratado com meditação ou pausas para alongamento. Segundo ela, é um problema estrutural e precisa ser abordado pela gestão de forma estratégica. As informações foram retiradas de Inc.

A principal causa do burnout é uma rotina impossível de sustentar

“Você sente que está sempre à beira de afundar, como se bastasse mais uma tarefa para perder o controle.” Essa é a definição de Paula Davis para a causa mais comum, e mais ignorada, do esgotamento profissional: uma carga de trabalho insustentável.

A raiz do problema está na forma como os cargos são estruturados. Ignorar os limites do corpo e da mente não é sinal de comprometimento, é um atalho para o colapso. 

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A longo prazo, compromete a clareza, o julgamento, a memória e a produtividade.

Burnout danifica o cérebro e prejudica decisões

É comum romantizar o excesso de trabalho, principalmente em ambientes de alta performance como startups e empresas de crescimento acelerado. Fundadores e líderes costumam assumir cargas além do razoável, acreditando que “é só uma fase”.

A ciência, no entanto, mostra outra coisa. Burnout não só reduz a produtividade, como altera o funcionamento do cérebro

Prejudica o raciocínio, a capacidade de julgamento e aumenta a impulsividade, o que ajuda a explicar por que até líderes inteligentes cometem erros que comprometem negócios inteiros.

Trabalhar demais não é sinônimo de eficácia. É, muitas vezes, o oposto.

Menos horas, mais resultado: uma regra para redefinir limites

Uma abordagem simples para reorganizar a rotina de trabalho e prevenir o esgotamento é a Regra 1-2-48.

  • 1 dia completamente livre de trabalho por semana

  • 2 semanas de férias por ano

  • 48 horas de trabalho por semana, no máximo

É uma proposta radical diante da cultura do “faça mais com menos”, mas os dados mostram que esse modelo aumenta a produtividade, melhora a saúde física e mental e contribui para relações de trabalho mais sustentáveis.

Ao trabalhar dentro de limites saudáveis, o profissional passa a eliminar tarefas desnecessárias, focar no que gera valor real e preservar sua energia mental para decisões mais importantes.

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Limites claros aumentam inteligência emocional e liderança

Estabelecer limites e respeitá-los é uma das maiores demonstrações de inteligência emocional no ambiente corporativo. Quem consegue proteger seu tempo, priorizar tarefas e comunicar com clareza o que é essencial, tende a se tornar uma referência em foco e maturidade profissional.

A inteligência emocional, nesse contexto, não é sobre ser sempre calmo ou agradável. É sobre entender seu estado emocional, reconhecer o dos outros e responder com consciência e estratégia

Saber quando parar, quando delegar, quando dizer “não” e, acima de tudo, quando redirecionar o esforço para algo que realmente importa.

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