Carreira

Câmara proíbe demissão por embriaguez

Até agora, CLT abria margem para desligamento de funcionário que tivesse problemas com alcoolismo

Objetivo da mudança é  tratar o alcoolismo como doença e não como causa para punição
 (Oli Scarff/Getty Images/Getty Images)

Objetivo da mudança é tratar o alcoolismo como doença e não como causa para punição (Oli Scarff/Getty Images/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 15h30.

SÃO PAULO - A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou nesta quarta projeto que proíbe demissão por justa causa em caso de embriaguez habitual ou em serviço.

O texto retira essa possibilidade da Consolidação das Leis do Trabalho, com o objetivo de tratar o alcoolismo como doença, e não como causa para punição.

A proposta aprovada é o substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público ao Projeto de Lei 206/03, do deputado Roberto Magalhães (DEM-PE), que originalmente determina que a demissão, nesses casos, só poderia ocorrer depois que a empresa oferecer ao trabalhador uma licença para tratamento médico com duração de 60 dias.

O relator, deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), recomendou a aprovação do substitutivo, de autoria do deputado Tarcísio Zimmermann (PT-RS).

“O trabalhador que sofre de alcoolismo deve ser encaminhado para tratamento médico, em vez de ser dispensado por justa causa”, justificou Zimmermann, na Comissão de Trabalho.

A matéria segue, agora, para o Senado, a menos que seja apresentado recurso para sua análise pelo plenário. Passando pelos senadores, o texto será encaminhado para ser sancionado pelo presidente Lula ou mesmo pela nova mandatária, Dilma Rousseff.

Acompanhe tudo sobre:carreira-e-salariosComportamentoDireitos

Mais de Carreira

A receita da Petlove para unir funcionários satisfeitos e expansão acelerada

Com 21 anos, ele criou um projeto que leva médicos para áreas remotas no Brasil

Cearense de 23 anos cria projeto focado na saúde da mulher rural

Copacabana Palace cria escala 5x2 para cerca de 600 funcionários