Daniela Redondo, diretora-executiva do Instituto Coca-Cola Brasil: “Estamos falando de 45 milhões de jovens no Brasil. Desses, 31 milhões vivem em famílias de baixa renda. É urgente conectá-los com o mundo do trabalho” (Instituto Coca-Cola/Divulgação)
Repórter
Publicado em 4 de maio de 2025 às 07h54.
No Brasil, onde cerca de 31 milhões de jovens pertencem a famílias de baixa renda, encontrar uma vaga de emprego ainda é um desafio gigantesco. Para enfrentar esse cenário, o Instituto Coca-Cola Brasil está ampliando sua principal iniciativa de inclusão produtiva com o lançamento de um novo aplicativo.
A novidade integra a expansão da plataforma Coletivo Jovem Coca-Cola, que desde 2009 já formou mais de 600 mil pessoas. A partir de segunda-feira, 5 de maio, o programa passará a oferecer seus cursos também por meio de um app gratuito, além do WhatsApp e site, com trilhas rápidas de aprendizagem que abordam desde comportamento em entrevistas até montagem de currículo e tipos de contrato de trabalho.
“Estamos falando de 45 milhões de jovens no Brasil. Desses, 31 milhões vivem em famílias de baixa renda. É urgente conectá-los com o mundo do trabalho”, afirma Daniela Redondo, diretora-executiva do Instituto desde 2014.
Com uma equipe enxuta - apenas 24 funcionários em todo o país - o Instituto tem apostado em tecnologia e capilaridade para ampliar o alcance da capacitação gratuita. Em 2024, mais de 142 mil jovens participaram do programa, e 53% deles conseguiram se inserir no mercado de trabalho por meio de parcerias com empresas.
Atualmente, o hub de empregabilidade do Instituto reúne mais de 400 empregadores — de redes varejistas a call centers — que abriram mais de 25 mil vagas ao longo deste ano.
“A força da Coca-Cola está na sua capilaridade. Todo ponto de venda pode ser um potencial empregador”, diz Redondo.
Além de ensinar noções básicas de carreira e orientar sobre processos seletivos, o app do Instituto Coca-Cola aposta no desenvolvimento de soft skills como comunicação, empatia e proatividade — habilidades muitas vezes ignoradas por jovens que não contam com redes de apoio.
“Tecnologia muda rápido, mas proatividade, comunicação e habilidades interpessoais continuam sendo diferenciais humanos que nenhuma inteligência artificial substitui”, diz Redondo.
Com a chegada do aplicativo, o plano é escalar a operação e atingir 1 milhão de jovens até 2026, com foco em públicos historicamente marginalizados, como mulheres e negros. A meta de longo prazo é conectar 5 milhões de jovens à renda digna até 2030.
“O impacto que buscamos é de transformação social e econômica. Queremos oferecer um caminho possível para quem muitas vezes nem imagina que tem potencial”, afirma Redondo.
Outra iniciativa recente é o ensino gratuito de inglês para jovens no Pará — uma parceria com a EF Education First, Solar Coca-Cola e o governo estadual. O programa é parte do Coletivo ON e visa preparar estudantes da região para se destacarem num ano em que o Brasil sediará a COP30.
Criado em 1999, o Instituto Coca-Cola Brasil já atuou com projetos de reciclagem, reflorestamento e acesso à água. Hoje, concentra seus esforços em capacitação e empregabilidade como ferramentas de mudança.
“Nosso legado será contribuir para que milhões de brasileiros tenham acesso à renda digna e oportunidades reais de crescimento. É isso que move a gente todos os dias”, afirma a diretora do Instituto Coca-Cola Brasil.
Para participar dos cursos gratuitos do Instituto Coca-Cola Brasil, acesse: Coletivo Jovem Coca-Cola