IA generativa, machine learning e automação inteligente já são diferenciais essenciais para quem quer se manter competitivo no mercado de tecnologia (Supatman/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 29 de abril de 2025 às 18h12.
Por Rafael Martins é Gerente de Projetos de Inovação Tecnológica, especialista em captação de recursos para tecnologia e incentivos fiscais
Imagine dois candidatos disputando a mesma vaga de desenvolvedor sênior:
• Um conhece apenas linguagens de programação tradicionais.
• O outro domina IA generativa, usa ferramentas como o GitHub Copilot para acelerar seu código e já implementou modelos de machine learning em projetos reais.
A escolha é óbvia. E é essa realidade que explica por que o domínio da inteligência artificial deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência básica em áreas como tecnologia, análise de dados e engenharia de software.
Essa mudança não é apenas uma percepção. Como especialista em inovação tecnológica, atuando há mais de 10 anos junto a empresas líderes no Brasil, vejo diariamente organizações priorizando profissionais que não apenas entendem IA, mas a aplicam de forma estratégica. Quem ignora essa transformação está ficando para trás.
O mercado de trabalho passou por grandes rupturas em cada uma das revoluções industriais:
Agora, entramos na Quinta Revolução Industrial, marcada pela IA generativa e regenerativa — tecnologias que criam, otimizam e tomam decisões de forma autônoma. Para desenvolvedores, analistas de dados e engenheiros de software, essa evolução exige a reinvenção urgente de habilidades técnicas e estratégicas.
Empresas brasileiras e globais disputam talentos capazes de unir domínio técnico em IA com capacidade de inovação. Profissionais que conhecem machine learning, LLMs (como GPT-4 e Claude) e automação inteligente estão entre os mais valorizados, alcançando salários até três vezes maiores em cargos estratégicos.
No entanto, um diferencial se destaca: o inglês técnico.
A maioria das pesquisas, documentações e ferramentas de ponta são publicadas primeiro em inglês. Quem não acompanha papers da OpenAI, repositórios do GitHub ou discussões internacionais perde competitividade.
Profissionais que se adaptarem rapidamente terão acesso a vagas remotas, projetos inovadores e posições de liderança em equipes multinacionais.
Como avaliador de trabalhos acadêmicos, observo que algumas universidades brasileiras estão reformulando seus currículos para preparar alunos para a era da inteligência artificial. Exemplos práticos incluem:
Faculdades que não incluírem IA em seus cursos formarão profissionais obsoletos. Já aquelas que adotarem essas práticas colocarão seus alunos na linha de frente da inovação.
A inteligência artificial já não é mais uma promessa futura — ela está transformando setores inteiros:
Aprender e aplicar inteligência artificial deixou de ser opcional para profissionais de tecnologia: tornou-se questão de sobrevivência. As vantagens para quem se adapta são claras:
Como resume uma máxima atual: "A IA não vai roubar seu emprego. Mas alguém que sabe usar IA, sim."
A Quinta Revolução Industrial premia quem se adapta e penaliza quem insiste em métodos ultrapassados. Para desenvolvedores, analistas e engenheiros de software, o momento de agir é agora.