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Como ajudar os fornecedores na promoção da diversidade?

Segundo levantamento do Guia Exame de Diversidade apenas 23% das 109 inscritas avaliaram áreas críticas da promoção de diversidade junto aos fornecedores

Mãos unidas: (foto/Thinkstock)

Mãos unidas: (foto/Thinkstock)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 4 de setembro de 2019 às 11h29.

Última atualização em 5 de setembro de 2019 às 10h51.

São Paulo -- As empresas que investem em diversidade e equidade de mulheres, pessoas com deficiência, negros e LGBTI+ tem o desafio de, além de incluir esses grupos entre os funcionários, influenciar suas cadeias de fornecimento. O tema, tratado na Conferência Ethos 360º, nesta quarta-feira, 4, ainda é pouco praticado.

Segundo levantamento da primeira edição do Guia Exame de Diversidade, em parceria com o Instituto Ethos, apenas 23% das 109 empresas participantes avaliaram áreas críticas da promoção de diversidade junto aos fornecedores. 

Para Reinaldo Bulgarelli, secretário executivo do Fórum de empresas e direitos LGBTI+ os números mostram que estamos muito longe de um cenário ideal.

No ultimo levantamento desse Fórum, 42% das empresas declararam estar no estágio um (básico) e 25% no estágio 2 em relação às práticas de diversidade para fornecedores. "Isso porque estamos falando de empresas que têm interesse no tema. Imagine o cenário geral do empresariado brasileiro", diz Bulgarelli. 

A promoção em fornecedores é um ato que, se bem estruturado, só acontece quando a empresa já possui boas práticas internas. "O teto de vidro está cada vez mais fino. Não adianta a empresa mostrar para fora o que não faz dentro de casa", diz Margareth Goldenberg, gestora do Movimento Mulheres 360º.

Incentivar o empreendedorismo é uma alternativa para consolidar ações de diversidade. As iniciativas de contratação de serviços de mulheres e negros, por exemplo.

Entre as participantes da última edição do Guia Exame de Diversidade, apenas 32% estimulam o empreendedorismo de grupos subrepresentados, sendo gênero o recorte mais expressivo. 

"De todo modo, não dá para aguardar o mundo ideal para iniciar outro tipo de movimentação. As empresas têm um papel de desenvolver e influenciar o mercado e ter uma resposta positiva da sua cadeia", afirma Ana Lúcia Custódio, diretora adjunta do Instituto Ethos.

Guia Exame de Diversidade 2019 

A segunda edição da publicação está com as inscrições abertas até dia 7 de outubro. Cristiane Mano, editora executiva de Exame, apresentou a metodologia e as mudanças para a próxima versão. "As empresas serão visitadas por jornalistas na etapa de apuração e checagem. E, pela primeira vez, teremos um parâmetro para avaliar a evolução das participantes no ano anterior", afirma. 

Outros detalhes sobre a publicação pode ser lidos aqui.

 
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