Procura por profissionais de TI está alta, mas nem todos vão se dar bem (Banco de Imagens)
Redatora
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 18h21.
No início de 2025, Harrison vivia o auge da sua estratégia profissional. Morando fora dos Estados Unidos, mas trabalhando para empresas americanas, ele coordenava uma operação complexa: seis empregos remotos na área de qualidade de software, apoiados por freelancers distribuídos entre EUA, Canadá, Índia e Paquistão. Com isso, ele projetava faturar US$ 800 mil naquele ano.
Tudo mudou em poucas semanas. Quatro contratos foram encerrados quase simultaneamente, derrubando sua receita anualizada para cerca de US$ 200 mil.
A perda forçou ajustes imediatos: adiou a compra de um carro, considerou faltar a um casamento de família e reviu o apoio financeiro aos filhos. “Três quartos da minha renda desapareceram, isso realmente me abalou”, disse. As informações foram retiradas do Business Insider.
Harisson começou a enviar entre 100 e 150 currículos por dia, mas enfrentou baixa resposta inicial. Paralelamente, precisou reconfigurar a operação: suspendeu pagamentos a freelancers e demitiu dois colaboradores que aplicavam para vagas em seu nome.
Para manter o volume de candidaturas, recorreu a automação. Usou o LazyApply para disparar aplicações em massa e o Simplify para adaptar currículos às exigências de cada vaga. Essa abordagem reduziu custos e manteve a busca ativa em grande escala.
Em cerca de um mês, Harrison conseguiu três novas posições. Hoje, com cinco funções ativas e um sexto contrato em andamento, ele projeta faturar US$ 900 mil por ano.
Cerca de um terço do valor é destinado ao pagamento de quatro colaboradores que executam tarefas operacionais, mas o lucro líquido estimado supera US$ 500 mil anuais.
O caso ilustra como conceitos típicos de finanças corporativas — diversificação de receita, mitigação de riscos e reinvestimento — podem ser aplicados à gestão profissional. Harrison sobreviveu à queda abrupta porque tratou sua carreira como um portfólio, ajustando recursos e processos de forma ágil.
Num mercado cada vez mais instável, com impacto de cortes, IA e reorganizações, a habilidade de reconfigurar operações rapidamente e usar tecnologia para manter produtividade se torna diferencial competitivo.
Para profissionais que buscam estabilidade e crescimento, a lição é clara: manter múltiplas fontes de renda e capacidade de adaptação é mais do que estratégia, é sobrevivência.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.