Steve Jobs (Wikimedia Commons)
Redatora
Publicado em 10 de julho de 2025 às 15h30.
Em 1990, a Apple enfrentou um dos momentos mais críticos de sua história. A empresa que havia revolucionado a computação pessoal já não despertava o mesmo interesse do mercado e acumulava prejuízos consecutivos.
Produtos demais, estratégias desencontradas e concorrência agressiva colocaram a gigante à beira da falência. Foi nesse cenário que Steve Jobs retornou à companhia com uma missão nada glamorosa: salvar a operação.
A virada não começou com uma inovação tecnológica, mas com um olhar afiado para o que fazia a empresa afundar e coragem para cortar o que não funcionava.
Logo da Apple: empresa cofundada por Steve Jobs acaba de atingir nova marca inédita nos mercados globais | Foto: GettyImages (Costfoto/Barcroft Media/Getty Images)
Em 1997, a Apple tinha apenas 3% de participação de mercado. A estratégia de negócios estava desalinhada e a concorrência, especialmente a Microsoft, ditava as regras do setor.
Jobs, recém-retornado à empresa, priorizou o essencial: manter a Apple viva. O primeiro movimento foi costurar um acordo com Bill Gates, garantindo um investimento de US$ 150 milhões e a continuidade do pacote Office para Mac.
A decisão causou polêmica, mas devolveu à empresa tempo e fôlego. Na sequência, Jobs reduziu drasticamente a linha de produtos e concentrou esforços em soluções com apelo direto ao consumidor final.
O lançamento do iMac, em 1998, foi o primeiro resultado prático dessa guinada: design marcante, proposta clara e sucesso imediato de vendas.
Por trás do reposicionamento da marca estava uma reestruturação financeira profunda. Jobs reduziu o inventário, cortou complexidades operacionais e adotou uma mentalidade enxuta.
O foco deixou de ser volume e passou a ser eficiência: menos produtos, maior margem e mais clareza na proposta de valor.
Em apenas um ano, a Apple voltou a ser lucrativa. Nos anos seguintes, lançou o iPod, o iPhone e o iPad, consolidando-se como líder global em tecnologia e inovação.
O caso é uma lição clássica de finanças corporativas: grandes transformações começam, muitas vezes, por decisões duras e estratégicas.
Mais do que lançar produtos, Jobs redesenhou o modelo de negócio e mostrou que salvar uma empresa começa por saber onde investir, onde cortar e como sustentar valor a longo prazo.
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