Carreira

'Desligue o celular': o conselho do ex-CEO do Google para focar no trabalho

Eric Schmidt diz que não é possível pensar com profundidade em meio a notificações

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 21 de julho de 2025 às 10h23.

Um conselho de Eric Schmidt, ex-CEO do Google, repercutiu nas redes sociais nos últimos dias. Durante o podcast Moonshots, Schmidt comentou sobre o impacto das distrações tecnológicas na vida profissional e deu uma dica que chamou atenção pela simplicidade — e ironia. 

A declaração surgiu quando ele comentou sobre sua convivência com jovens pesquisadores. “Trabalho com muita gente na casa dos 20 anos e me perguntei como conseguem fazer pesquisa com tanto estímulo. A resposta é simples: eles desligam o telefone”, disse. “Você não consegue pensar profundamente com esse negócio vibrando.”

Segundo uma reportagem do Business Insider, o comentário viralizou justamente por vir de alguém que esteve no comando de uma das empresas que ajudou a moldar a era digital. Durante sua gestão, o site destaca que o Google consolidou sua liderança com produtos como o Android - sistema que, hoje, é também uma fonte constante de notificações e interrupções. 

“Tentamos monetizar todas as suas horas acordadas com algum tipo de conteúdo — anúncios, entretenimento, assinaturas. Isso vai contra a forma como os humanos sempre refletiram com profundidade”, afirmou.

Apps de meditação também foram alvos de críticas 

Schmidt também comentou sobre novos métodos de relaxamento. “Minhas favoritas são esses aplicativos digitais que dizem que vão te fazer relaxar”, ironizou. “O certo para relaxar é desligar o celular, certo? E relaxar do jeito tradicional, como fazemos há 70 mil anos.”

Alguns aplicativos do setor reagiram às falas. Um porta-voz do Calm afirmou que “nem todo tempo de tela é igual”. Já Jenna Glover, diretora clínica do Headspace, criticou o conselho.

“Dizer para os jovens simplesmente ‘desliguem o celular’ não é realista nem útil. Bem-estar digital verdadeiro não é voltar 70 mil anos no tempo, e sim avançar com intenção”, completou

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