Para fazer efeito, IA precisa ser adotada em massa dentro da empresa (iStock/Reprodução)
Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 14h41.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2025 às 14h42.
Empresas ao redor do mundo estão experimentando a semana de quatro dias, enquanto funcionários demonstram grande interesse nesse modelo. Uma pesquisa realizada em 2024 pela CNBC e Generation Lab com 1.033 americanos entre 18 e 34 anos revelou que 81% dos jovens apoiam a iniciativa. As informações foram retiradas de CNBC Make It.
Paralelamente, o avanço da inteligência artificial tem o potencial de transformar a produtividade no ambiente de trabalho. Ferramentas como o Microsoft Copilot podem reduzir significativamente o tempo gasto com tarefas repetitivas. Segundo Rebecca Hinds, líder do Work Innovation Lab da Asana, aproximadamente 53% do tempo dos profissionais do conhecimento é dedicado a atividades burocráticas, como agendamentos e reuniões. “A IA tem um potencial enorme para automatizar esse trabalho repetitivo”, explica.
Diante desse cenário, surge a questão: a IA pode ser a chave para viabilizar a semana de quatro dias no futuro?
Para Kelly Daniel, diretora de prompts na empresa de criação de modelos de inteligência artificial Lazarus AI, a resposta é afirmativa. “Os modelos de IA estão ficando mais inteligentes e mais capazes. A capacidade de personalizá-los para experiências únicas está se tornando mais rápida, fácil e barata”, afirma.
Outros especialistas concordam, mas destacam que a implementação da IA precisa ser generalizada dentro das empresas para que um novo modelo de trabalho seja viável. “Se você usa IA todos os dias, 89% desses trabalhadores relatam ganhos de produtividade”, diz Hinds. “Mas se você usa apenas uma vez por semana ou por mês, a chance de perceber esses ganhos é bem menor.”
Essa variação na adoção da IA dificulta a avaliação da real eficácia da tecnologia por parte das organizações. “Para um modelo de trabalho diferente funcionar, todos precisam se beneficiar da tecnologia e serem capazes de usá-la de forma eficiente”, acrescenta Hinds. Sem uma adoção ampla, a tendência é que as empresas mantenham o modelo tradicional.
Caso a IA seja amplamente adotada e efetivamente aumente a produtividade, a implementação da semana de quatro dias poderá ocorrer de formas distintas. Algumas empresas podem permitir que seus funcionários mantenham a mesma produtividade em menos tempo e liberem um dia extra de folga. “Se você consegue entregar o mesmo resultado em quatro dias em vez de cinco, ótimo. Vá para casa”, afirma Mark Riedl, professor do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
Por outro lado, algumas companhias podem decidir que, em vez de reduzir a carga horária, os funcionários devem utilizar o tempo economizado para realizar tarefas mais estratégicas. “Sempre há trabalho a ser feito”, destaca Riedl.
Outra possibilidade é o uso da IA para reestruturar as equipes, reduzindo o número de funcionários necessários para realizar determinada carga de trabalho. Embora seja improvável que empregos sejam 100% substituídos, Riedl acredita que algumas empresas poderão operar com menos pessoas, redistribuindo funções e eliminando certas posições.
A forma como a inteligência artificial impactará a semana de quatro dias dependerá da estratégia adotada por cada empresa. De qualquer forma, a automação e o uso de IA já estão redefinindo o ambiente de trabalho, e profissionais que souberem utilizar essas ferramentas terão uma vantagem significativa à medida que novas dinâmicas corporativas se consolidam.
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