Estágios estratégicos, pesquisa avançada e habilidades práticas são o caminho para liderar na era da inteligência artificial (Getty Images) (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 15h08.
Última atualização em 8 de outubro de 2025 às 15h31.
Girik Malik, de 30 anos, cientista aplicado da Amazon Web Services, defende que uma formação em inteligência artificial continua extremamente relevante, mesmo com o mercado acelerado de tecnologia. Malik concluiu seu doutorado em IA na Northeastern University em 2023 e hoje atua na Amazon.
Segundo ele, conquistar uma formação avançada em IA exige disciplina e dedicação: o processo pode levar de cinco a seis anos, com longas horas de estudo e pesquisa intensiva.
“Durante um semestre, mal tive tempo para me alimentar e acabei comendo o mesmo ensopado semana após semana”, contou Malik.
Apesar da dificuldade, o investimento compensa. “Se você quer realmente moldar o futuro da IA, precisa fazer estudar. Ele estrutura seu aprendizado e aumenta a precisão do seu trabalho, algo essencial em um campo tão competitivo”, disse.
Ele explica que mudanças pequenas em modelos podem gerar resultados que se destacam em publicações ou conferências de alto nível, mas hoje é preciso demonstrar resultados robustos e aplicáveis a diversos problemas.
Há quem acredite que a rapidez do avanço da IA torna tarde demais para entrar na área por meio de um doutorado. Malik discorda.
“A formação em IA será tão ou mais relevante daqui a 50 anos. IA estará em quase todos os códigos e sistemas ao nosso redor. Serão necessários especialistas capazes de compreender e corrigir falhas nos algoritmos, e esses especialistas provavelmente terão um Ph.D.”, afirma.
Ele compara a situação com o setor automotivo: mesmo com carros cada vez melhores, ainda é necessário formar engenheiros para consertá-los. O mesmo se aplica à IA.
Malik recomenda fortemente estágios durante o doutorado, mesmo para quem pretende seguir carreira acadêmica. Ele fez três estágios em centros de IA da Bosch, Microsoft e Amazon, recebendo ofertas de retorno das últimas duas.
“A melhor parte de trabalhar na indústria é o acesso a dados e à capacidade computacional que normalmente não estão disponíveis na universidade. Isso força você a resolver problemas reais de infraestrutura e algoritmos em grande escala”, explicou.
Para Malik, um Ph.D. em IA abre portas, mas não deve ser buscado apenas pelo dinheiro. O foco deve ser na motivação para aprender e avançar na área.
“Se você consegue manter a dedicação necessária durante cinco ou seis anos, siga em frente. Caso contrário, pode alcançar resultados semelhantes explorando outras oportunidades”, concluiu.
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