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Guerra comercial pode eliminar 7 milhões de empregos em 2025, estima ONU

Relatório revela que além da desaceleração do crescimento de empregos, o PIB mundial também deve diminuir 0,4%

Empregos: 7 milhões de vagas deixarão de serem criadas mundialmente em 2025 (Jornal Brasil em Folhas/Flickr)

Empregos: 7 milhões de vagas deixarão de serem criadas mundialmente em 2025 (Jornal Brasil em Folhas/Flickr)

Publicado em 29 de maio de 2025 às 10h44.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), ligada às Nações Unidas, estima que 7 milhões de empregos deixarão de ser criados em 2025, devido ao crescimento econômico lento e às tensões geopolíticas.

De acordo com os dados, a OIT prevê a criação de 53 milhões de vagas de emprego neste ano, contra 60 milhões previstos em 2024. A estatística foi baseada nas informações do World Economic Outlook de abril, elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Com a desaceleração do ritmo de crescimento de empregos ao redor do mundo, os dados devem cair de 1,7% para 1,5%. O Produto Interno Bruto (PIB) mundial também deve crescer menos que o previsto: cerca de 2,8% contra as projeções anteriores de 3,2%.

Gilbert F. Houngbo, diretor-geral da OIT, afirmou: “o relatório agora nos alerta que, se as tensões geopolíticas e as interrupções comerciais continuarem, e se não enfrentarmos as questões estruturais que estão transformando o mundo do trabalho, os impactos negativos nos mercados de trabalho serão inevitáveis”.

O estudo também destaca o papel dos Estados Unidos no crescimento - ou declínio - do trabalho global. Ao todo, 84 milhões de postos em 71 países estão direta ou indiretamente ligados à demanda do consumidor norte-americano. Isso pode deixar essas nações em um estado vulnerável durante a guerra comercial. 

Ao todo, 56 milhões estão na região da Ásia-Pacífico. Entretanto, Canadá e México estão mais expostos proporcionalmente: 17,1% de seus empregos correm risco em caso de maiores restrições comerciais.

Para passar por esse desafio, a OIT recomenda que os países invistam em proteção social, qualificação profissional, diálogo e construção de mercados de trabalho mais inclusivos. 

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