Estudo sugere que o momento entre vigília e sono pode estimular a solução de problemas e insights inovadores
Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 14h42.
Thomas Edison, inventor da lâmpada, acreditava que dormir era uma perda de tempo, mas usava cochilos estratégicos para estimular sua criatividade. Ele segurava esferas metálicas nas mãos enquanto dormia e, ao soltá-las quando adormecia, era despertado pelo barulho, capturando os pensamentos que surgiam nesse estado semiconsciente.
Pesquisadores do Instituto do Cérebro de Paris testaram essa técnica e descobriram que o estágio inicial do sono, chamado N1, pode ser uma janela ideal para a criatividade. Durante o estudo, voluntários que cochilaram tiveram três vezes mais chances de resolver problemas matemáticos complexos do que aqueles que permaneceram acordados e seis vezes mais do que os que entraram em um sono mais profundo.
O N1, conhecido como estado hipnagógico, é uma fase breve entre a vigília e o sono profundo, onde o cérebro mistura pensamentos lógicos e imagens oníricas. Grandes pensadores, como Einstein e Salvador Dalí, também teriam usado técnicas similares à de Edison para estimular insights criativos.
A pesquisa sugere que esse estado pode ajudar na resolução de problemas ao permitir o acesso a ideias normalmente inacessíveis no pensamento consciente. No entanto, os cientistas ainda não sabem se essa técnica funciona para todos ou se apenas refresca a mente para uma melhor performance posterior.
Para aplicar esse método e estimular sua criatividade, experimente:
O estudo abre portas para o uso dessa técnica na solução de problemas reais e até mesmo para o desenvolvimento de interfaces cérebro-computador que auxiliem no controle do estado hipnagógico. Enquanto isso, qualquer pessoa pode experimentar e ver se a chave para a criatividade está, literalmente, entre o sono e a consciência.