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Family offices viram destino de estudantes de administração que buscam salários de seis dígitos

A expansão dos escritórios de gestão de patrimônio atrai novos profissionais com expectativas de remunerações altas — confira por que administradores estão de olho nesse mercado

 (Cavan Images/Getty Images)

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Guilherme Santiago
Guilherme Santiago

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Publicado em 9 de outubro de 2025 às 13h55.

Durante anos, os estudantes de administração sonharam com carreiras em bancos, consultorias e multinacionais. Agora, uma nova rota começa a chamar atenção: os family offices, estruturas criadas para administrar o patrimônio de famílias de alta renda.

Com equipes enxutas e atuação direta com grandes fortunas, esses escritórios se tornaram o novo alvo de quem busca salários de seis dígitos e crescimento rápido.

O que é um family office

Um family office é, essencialmente, uma empresa criada para cuidar do dinheiro de uma ou mais famílias — gerindo investimentos, imóveis, sucessões, doações e até aspectos tributários.

O conceito nasceu nos Estados Unidos e ganhou força no Brasil na última década, impulsionado pelo aumento do número de famílias com patrimônio elevado e pela profissionalização da gestão de riqueza.

Segundo consultorias especializadas, o país já conta com centenas de escritórios dedicados exclusivamente a esse público, tanto em formato single family office (voltado a uma única família) quanto multi family office (que atende várias famílias simultaneamente).

Por que esse mercado atrai jovens administradores

O principal atrativo é a combinação entre aprendizado acelerado e remuneração alta. Diferente das estruturas tradicionais, os family offices são pequenos e permitem que o profissional atue em diversas frentes: finanças, investimentos, planejamento, governança e até temas jurídicos. Essa exposição direta dá uma visão ampla de negócios — algo raro em grandes corporações.

Além disso, há pouca burocracia interna e mais autonomia para sugerir ideias e participar de decisões. Para quem está começando, isso significa um crescimento técnico mais rápido e chances reais de ascender a posições estratégicas em poucos anos.

E há o fator financeiro: como o trabalho envolve decisões sensíveis e patrimônios elevados, os salários e bônus precisam ser competitivos. Profissionais seniores podem ultrapassar facilmente a casa dos seis dígitos anuais, dependendo da estrutura e dos resultados alcançados.

O que o mercado exige

Para conquistar uma vaga, é preciso formação sólida em administração, economia ou finanças, domínio de Excel, modelagem financeira e análise de investimentos, além de postura ética e discreta.

A confiança é um valor central — afinal, o trabalho envolve informações confidenciais e decisões de grande impacto.

O inglês é cada vez mais valorizado, assim como experiência prévia em bancos de investimento, consultorias ou gestoras de recursos.

Desafios da carreira

Apesar do glamour, a rotina não é simples. O profissional lida com pressão constante por resultados, responsabilidade sobre grandes volumes financeiros e a necessidade de se atualizar o tempo todo.

Outro desafio é a falta de visibilidade pública: por natureza, os family offices operam de forma reservada, o que limita o reconhecimento externo e o networking tradicional.

Também há menos estrutura de treinamento — o aprendizado acontece no dia a dia, na prática, o que exige perfil autodidata e proativo.

Um mercado em expansão

Nos últimos anos, o crescimento dos family offices tem sido expressivo. Com a ampliação da riqueza privada no Brasil e a complexidade do cenário tributário, cada vez mais famílias buscam estruturas próprias de governança financeira.

Esse movimento abre espaço para uma nova geração de administradores — mais técnicos, estratégicos e interessados em atuar diretamente com grandes patrimônios.

A tendência é que, nos próximos anos, o setor se torne um dos mais disputados entre jovens de administração e economia, atraindo tanto quem busca remuneração elevada quanto quem deseja desenvolver uma visão completa sobre finanças e negócios.

Conheça a graduação que te prepara para essas posições

Estão abertas as inscrições para o processo de admissão da turma de 2026 da Graduação em Administração da Saint Paul. As candidaturas devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site oficial da Saint Paul, entre 30 de setembro e 27 de outubro de 2025.

O candidato precisa informar e-mail e número de celular ativos e escolher a forma de ingresso no momento da inscrição.

A taxa é de R$ 300, com isenção para quem já participou do programa NextGen, desde que tenha cumprido ao menos 16 horas de carga horária. O valor não é reembolsável.

Após a confirmação, o candidato receberá um link para envio dos documentos exigidos, do portfólio e do vídeo de apresentação, dentro do prazo definido no cronograma. Inscreva-se aqui.

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