Uma nova era: humanos e suas IAs (Longhua Liao/Getty Images)
Redatora
Publicado em 12 de novembro de 2025 às 08h58.
Após quase trinta anos à frente da LivePerson, empresa que revolucionou o chat online nos anos 1990, Robert LoCascio decidiu apostar em um novo desafio: usar a inteligência artificial para preservar histórias de vida. Em 2024, ele fundou a Eternos, startup que permitia criar versões digitais de pessoas com base em suas vozes e memórias. As informações foram retiradas de TechCrunch.
O projeto ganhou notoriedade após o caso do empresário Michael Bommer, paciente terminal que passou 25 horas relatando suas memórias à equipe da Eternos para criar uma réplica digital de si mesmo.
A ideia inicial era manter viva a identidade das pessoas depois da morte, mas LoCascio percebeu que o interesse vinha, na verdade, de quem queria usar a tecnologia em vida.
Foi daí que surgiu a Uare.ai, novo nome e nova missão da empresa.
Com o aporte de US$ 10,3 milhões liderado pelos fundos Mayfield e Boldstart Ventures, a startup agora aposta em uma aplicação mais ampla: permitir que profissionais criem modelos pessoais de IA baseados exclusivamente em seus próprios dados, conhecimentos e decisões.
Para isso, a Uare.ai desenvolveu o Human Life Model (HLM), em tradução livre Modelo de Vida Humana, um sistema que capta traços de personalidade, valores e trajetórias individuais, dispensando o uso de grandes modelos genéricos.
“Percebi que os grandes modelos estão ficando mais inteligentes com nossos dados. Não precisamos seguir esse caminho. Você é o dono do seu modelo”, afirmou LoCascio ao TechCrunch.
O objetivo é ambicioso: criar réplicas digitais capazes de gerar conteúdo, atender clientes e executar tarefas em nome do próprio usuário.
Segundo LoCascio, a plataforma deve ser lançada ainda este ano, permitindo que qualquer pessoa treine seu modelo pessoal respondendo a perguntas sobre sua vida por texto, voz ou vídeo.
Ao contrário de plataformas como Character.ai, a Uare.ai pretende manter total autenticidade: se o modelo não souber algo, ele simplesmente responderá “não sei”.
A proposta é clara, construir uma IA fiel à essência e aos limites humanos de cada indivíduo.
Com o investimento recente, a startup se posiciona como uma das principais apostas da nova fase da inteligência artificial, na qual a personalização e a propriedade dos dados ganham protagonismo.
Para investidores como Navin Chaddha, da Mayfield, o diferencial está em mirar profissionais individuais, de criadores de conteúdo a contadores, e colocar nas mãos deles o poder de escalar seu próprio conhecimento.
Em um cenário dominado por modelos impessoais e dados compartilhados, a Uare.ai oferece uma alternativa radical: inteligências artificiais que pertencem às pessoas e que soam exatamente como elas.
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