Trabalho duro (Thinkstock)
Redatora
Publicado em 28 de agosto de 2025 às 11h10.
Quando se fala em inovação tecnológica, o imaginário coletivo tende a associar os grandes avanços a laboratórios de última geração ou centros de pesquisa corporativos. Porém, muitas das invenções que transformaram o mundo moderno nasceram na universidade.
O cotidiano acadêmico, marcado por desafios práticos, criatividade e liberdade para experimentar, tem se mostrado uma ótima oportunidade para a liderança universitária ascender ainda nos primeiros passos da vida profissional.
Foi o que aconteceu na década de 1960 com Ray Tomlinson. Formado em Engenharia Elétrica pelo Rensselaer Polytechnic Institute e mestre pelo MIT, Tomlinson criou o primeiro sistema de e-mail da história enquanto trabalhava em um experimento acadêmico.
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Mas a verdadeira revolução estava na escolha do símbolo “@” para separar o usuário do domínio. Um gesto aparentemente simples, mas que moldou o centro da comunicação digital que usamos até hoje.
Joseph Jacobson e Barrett Comiskey criaram, nos anos 1990, a tecnologia de tinta eletrônica (e-ink), enquanto eram estudantes em Stanford.
A proposta inicial era desenvolver uma tela que simulasse a leitura no papel, sem cansar os olhos. A solução, baseada em microcápsulas eletricamente estimuladas, resultou no surgimento de leitores digitais como o Kindle.
Em 2011, Sohan Dharmaraja, doutorando em Stanford, percebeu que apesar da popularização dos tablets, pessoas com deficiência visual ainda tinham dificuldade em usá-los de forma eficiente. Foi assim que nasceu o iBrailler, aplicativo que transforma a tela dos dispositivos em um teclado Braille adaptável.
O projeto foi premiado internacionalmente e se tornou uma referência em inclusão digital.
Em 2014, os estudantes Viet Tran e Seth Robertson, da George Mason University, decidiram encarar o desafio de como apagar incêndios sem produtos químicos. Como parte de seu trabalho de conclusão de curso em engenharia elétrica, criaram um extintor de incêndio que utiliza ondas sonoras de baixa frequência para eliminar o fogo.
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O protótipo se destacou por unir eficiência, baixo custo e sustentabilidade. A solução chamou atenção de especialistas em segurança doméstica e militar e ainda inspira pesquisas no setor.
Com apenas 18 anos, a estudante de Harvard Eesha Khare desenvolveu um supercapacitor que carrega a bateria de um celular em 30 segundos.
A invenção, apresentada em 2013 na Intel International Science and Engineering Fair, rendeu um prêmio de 50 mil dólares e chamou a atenção da indústria de tecnologia.
O Na Prática nasceu como uma plataforma educacional criada para impulsionar a carreira de jovens, do estágio à liderança, complementando o ensino universitário com uma formação voltada para o mercado de trabalho.
Pensando nesse propósito, a instituição criou o Prêmio Na Prática Protagonismo Universitário. Com cinco ganhadores, um de cada estado, ele é o primeiro reconhecimento nacional com recorte regional focado exclusivamente em estudantes de alto desempenho prático e acadêmico.