Ana Santos, especialista de ciência de dados
Redatora
Publicado em 5 de novembro de 2025 às 10h42.
“Eu literalmente saí correndo da piscina” é uma frase que soa simbólica — e é. Aos 24 anos, Ana Santos, então atleta profissional de natação, não planejava abandonar o esporte.
Ela passou mais de uma década treinando, vencendo, representando o Brasil em competições internacionais. Mas, em 2014, depois de uma sequência de frustrações, pressão e desgaste emocional, o que antes era paixão virou fobia. “Eu chorava todos os dias antes de treinar. Um dia, senti medo da água. E corri.”
Ana saiu da piscina, mas não sabia para onde ir. “Eu estava perdida e sem renda. Se não tivesse o apoio dos meus pais, não sei o que teria feito.” Ainda assim, duas características permaneceram: a disciplina de atleta e o hábito de recomeçar.
Enquanto tentava se reerguer, Ana decidiu se dedicar aos estudos. Passou por quatro faculdades, entre Brasil e Estados Unidos, até se formar em Administração. Mas a transição do esporte para o mercado corporativo seria um novo mergulho e, mais uma vez, sem mapa.
“Eu achava que o mercado financeiro era como nos filmes”, brinca. “Meu primeiro emprego foi uma rede global de firmas de serviços profissionais que oferece consultoria, auditoria, tax (impostos), gestão de riscos e consultoria financeira para empresas, com avaliação econômico-financeira. Esperava que o corporativo fosse sobre transparência e manual de regras. E descobri que o mundo corporativo sem saber as regras ocultas, pode ser pressão sem roteiro.”
Ela também passou pela maior corretora de valores do Brasil e por outras empresas, mas o ambiente frio e impessoal contrastava com a intensidade emocional e de entrega da vida de atleta.
“Era angustiante. Eu sempre soube o que queria da vida e, de repente, não sabia mais. Estava sem direção.”, conta Ana.
Foi nesse momento de confusão que Ana conheceu o Na Prática. “Era Black Friday. Vi um combo de cursos: Autoconhecimento e Marketing Pessoal. Comprei sem pensar muito. E mudou tudo.”
Nos exercícios do curso de autoconhecimento, Ana revisitou a infância. “Lembrei que eu adorava brincar de dar aula, de resolver enigmas, de ensinar meus irmãos. E percebi que sempre gostei de entender e traduzir coisas complexas.”
Essa descoberta acendeu o primeiro insight: o que ela buscava não era status, era sentido.
No curso de Marketing Pessoal,atualmente chamado de Mande Bem na Entrevista, aprendeu outra lição: saber contar a própria história sem transformá-la em sessão de terapia. “Entendi que não era sobre “sincericidio”, era sobre direcionar a narrativa: mostrar superação, não sofrimento.”
Esses ajustes, simples, mas transformadores, abriram portas. “Eu nunca tinha visto uma tela preta. Não sabia programar. Mas eu tinha aprendido a aprender e isso veio do Na Prática.”
O curso de Inteligência Emocional do Na Prática marcou um novo salto. Foi quando Ana conheceu o livro Mindset, de Carol Dweck, e a diferença entre mentalidade fixa e mentalidade de crescimento.
“Me deu um alívio. Percebi que eu não estava quebrada, eu só estava aprendendo a me reconstruir”, alega Ana.
Foi ali que ela começou a aplicar, na vida profissional, os mesmos princípios que guiavam sua carreira esportiva: constância, disciplina e resiliência. “O curso me ensinou a assumir responsabilidade sobre o meu desenvolvimento, e não esperar que alguém me resgatasse.”
Ana também participou do curso Execução de Alta Performance, em uma edição exclusiva para mulheres. “Foi a primeira vez que percebi que eu não precisava escolher entre ser técnica e ser humana. Eu podia unir as duas.”
O conceito do Salto, atividade prática do programa, foi um divisor de águas. “Eu aprendi sobre locus de controle, sobre o que depende de mim e o que não depende. Isso me libertou da necessidade de controlar tudo.”
Ela começou a aplicar o que aprendeu e se tornou analista de dados em uma grande empresa, depois passou por outras instituições de tecnologia e hoje atua como especialista em ciência de dados, ajudando times de marketing a tomar decisões baseadas em dados e em experimentação (testes controlados para descobrir o que funciona).
Ana Santos, especialista em ciência de dados
“Cada curso que fiz me tirou um pouco mais da bolha. Me fez ver o mundo além do meu contexto, entender meus privilégios e responsabilidades. Eu aprendi que resolver problemas de verdade é pensar no impacto para os outros, não só para você”, diz a especialista de dados.
Em 2024, Ana foi convidada para ser anfitriã do podcast “Data Delas”, voltado a mulheres na área de tecnologia. “Era um sonho antigo de traduzir temas complexos para quem está de fora da bolha de dados.”
O projeto durou cinco episódios e revelou um novo talento, a comunicação. “Eu tinha insegurança de falar em público. Recebi muitos feedbacks negativos sobre isso no passado. Mas hoje tenho pensado em usar a minha voz para ensinar, eu sei que posso. É só estudar e treinar.”
Essa virada consolidou o propósito que ela desenhou em um dos módulos do curso: “Liderar a resolução de problemas complexos com dados e comunicação clara até para pessoas não técnicas.”
Hoje, aos 34 anos, Ana continua estudando, agora em uma especialização em Ciência de Dados. É voluntária em eventos do Na Prática, multiplicando o que aprendeu.
Mais do que carreira, Ana construiu um legado de aprendizado contínuo. Sua história mostra que alta performance não é correr mais rápido, é saber para onde se está indo.
Depois de uma década longe das piscinas, Ana decidiu retomar o contato com o esporte, agora sob uma nova perspectiva. “Estou reaprendendo o esporte pela saúde, não pela performance”, conta.
Nos últimos meses, ela já perdeu oito quilos e se prepara para participar, assim que finalizar a especialização, no ano que vem, de um short triathlon. “É como se eu estivesse fazendo uma pré-temporada para a vida. Quero reencontrar o prazer no movimento, sem a cobrança de ser a melhor. Esporte como propulsor pro meu desempenho profissional.”
Ao mesmo tempo, ela começou a estudar a Bíblia e a cursar um seminário teológico, unindo fé e autoconhecimento. “Estudar teologia tem me ajudado a entender meus limites e a viver com mais leveza e gratidão. Hoje, meu desenvolvimento é completo: físico, mental e espiritual”, finaliza Ana.
O Na Prática nasceu com a missão de transformar o potencial de jovens em resultados concretos para suas carreiras e para o Brasil.
O curso Execução de Alta Performance é um dos programas mais completos para quem busca sair da estagnação e crescer com consistência.
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