Air Jordan: fruto da parceria entre a Nike e o astro Michael Jordan ( Igor Golovniov/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Redatora
Publicado em 20 de outubro de 2025 às 09h52.
A prática de esportes não traz benefícios apenas para o corpo, mas também contribui de forma significativa para a saúde mental. A influência das atividades físicas no psicológico ajuda na melhora da socialização e no preparo para adversidades. Dessa forma, muito além do lazer, o esporte também se conecta com diversas áreas da vida — inclusive a profissional.
Práticas esportivas incentivam valores que são favoráveis aos negócios, como disciplina, paciência e o desejo constante de conquistar o melhor resultado em cada oportunidade. O “espírito esportivo” serve como guia mental para muitos empresários ao redor do mundo, que aproveitam os aprendizados das quadras e campos para melhorar seus empreendimentos.
A saúde mental é o ponto de partida para o bem-estar em todos os âmbitos da vida, evitando quadros como depressão, ansiedade e outros transtornos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que 10% da população brasileira convive com o transtorno de ansiedade. Especialistas apontam que o quadro interfere diretamente na tomada de decisões e no equilíbrio emocional.
No esporte, o tema é tratado com cuidado e prioridade, já que atletas vivem sob constante pressão e precisam lidar com críticas e eventuais erros. O mesmo vale para o ambiente corporativo. Profissionais que praticam esportes tendem a manejar melhor os desafios que exigem cautela, analisando opções e evitando decisões impulsivas.
A determinação caminha lado a lado com os outros pilares de uma mente vencedora. É preciso superar obstáculos e manter o propósito claro, mesmo diante das dificuldades. Um dos períodos mais desafiadores para o mundo dos negócios foi a pandemia. Dados do IBGE mostram que mais de 700 mil microempresas foram fechadas entre março e junho de 2020.
Por outro lado, o período crítico impulsionou o surgimento de novos modelos digitais e empresas de delivery. Em tempos difíceis, enfrentar obstáculos com paciência e ampliar o olhar para novas estratégias é uma forma de permanecer competitivo — e de continuar no jogo.
Quando um grupo está focado em um objetivo comum, as adversidades se tornam menos intimidantes e o propósito ganha força. Um levantamento da PageGroup mostrou que o trabalho em equipe é a principal competência valorizada por empresas da América Latina, com 47,5% de preferência.
O mesmo estudo indica que equipes engajadas são 22% mais lucrativas do que as concorrentes. Assim como nos esportes, o papel do treinador — ou, no mundo corporativo, do líder — é fundamental. Um bom gestor precisa orientar com inteligência emocional, reduzir conflitos e manter a comunicação clara e empática.
Empresas que prezam por lideranças de excelência criam times mais coesos e produtivos. Por isso, investir em uma cultura de diálogo aberto e colaboração é tão essencial para os negócios quanto para um time vencedor.
A colaboração não é importante apenas dentro das equipes, mas também entre marcas e setores. Parcerias estratégicas fortalecem a reputação, ampliam o alcance e promovem inovação. Um exemplo clássico é o sucesso dos tênis de basquete Air Jordan, fruto da parceria entre a Nike e o astro Michael Jordan. A união de diferentes expertises transformou um produto esportivo em ícone cultural e comercial.
Em setembro, o Governo Federal firmou uma colaboração com o jornalista João Kleber, conhecido por seus testes de fidelidade na TV, para promover o reconhecimento de projetos brasileiros como o Pix. A ação, divulgada nas redes sociais, despertou debates, mas os elogios à comunicação acessível prevaleceram.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca e o Departamento de Saúde colaboraram com a Riot Games em uma campanha para incentivar a vacinação contra a Covid-19, alcançando mais de 1,5 milhão de pessoas. Essas iniciativas mostram que colaborações inesperadas podem ser poderosas aliadas na conexão com públicos diversos e na valorização da diversidade.
O esporte ensina que nenhuma vitória é alcançada sozinha — e o mundo corporativo não é diferente. Seja na superação pessoal, na liderança ou nas parcerias estratégicas, os mesmos princípios que formam atletas vencedores moldam profissionais e empresas mais resilientes.
Assim como em uma competição, o sucesso nos negócios depende de treino, estratégia e, acima de tudo, de saber jogar em equipe. Porque, no fim das contas, vencer é importante — mas continuar evoluindo é o verdadeiro objetivo do jogo.