Coragem para assumir riscos e conexão entre colegas são os pilares que diferenciam times de alto desempenho (VioletaStoimenova/Getty Images)
Assistente de SEO
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 16h27.
Última atualização em 13 de outubro de 2025 às 16h55.
Equipes de alta performance se destacam não apenas pela produtividade, mas também pela coragem de correr riscos, como dar feedbacks sinceros, apontar problemas e tomar decisões difíceis. O desafio, explica a Harvard Business Review, é que a biologia humana tende à autoproteção: no exato momento em que o desempenho exige ousadia, o cérebro prefere evitar o desconforto.
De acordo com o Institute for Health and Human Potential, o sucesso de uma equipe depende da disposição das pessoas em ultrapassar o que os autores chamam de “últimos 8%” — a parte mais desconfortável de uma conversa ou decisão.
Em média, os profissionais deixam de dizer cerca de 8% do que realmente pensam, por medo de reação, conflito ou rejeição. Esse silêncio seletivo impede que problemas sejam resolvidos antes de crescer e reduz a inovação.
Esse comportamento reflete o conflito entre desempenho e proteção. Enquanto as empresas precisam que seus times assumam riscos para avançar, o instinto humano busca segurança. Quando prevalece a autoproteção, o resultado é a repetição de erros, decisões adiadas e oportunidades perdidas, exatamente o oposto do que define uma equipe de alta performance.
A pesquisa mostra que o comportamento dos times é moldado por dois fatores: coragem, que permite fazer o que é difícil, e conexão, que garante confiança e pertencimento. A partir disso, surgem quatro tipos de cultura.
Na familiar, há empatia e laços fortes, mas pouca disposição para decisões duras. A transacional prioriza resultados imediatos e ignora relações. Já a baseada no medo combina insegurança e imprevisibilidade, fazendo as pessoas evitarem qualquer risco.
No outro extremo está a cultura dos “últimos 8%”, em que coragem e conexão coexistem. Nessas equipes, há confiança mútua, feedbacks constantes e senso de responsabilidade compartilhada.
Pessoas se sentem seguras para discordar e propor novas ideias, e gestores equilibram a cobrança com cuidado, criando o ambiente ideal para que a inovação floresça.
Segundo a Harvard Business Review, o primeiro passo é reconhecer em qual dessas culturas o time se encontra. Líderes devem abrir conversas sinceras sobre o clima interno e mostrar vulnerabilidade ao discutir suas próprias falhas. Esse gesto encoraja a transparência e ajuda a estabelecer um espaço de confiança.
Mais do que cobrar resultados, o papel do gestor é criar as condições para que as pessoas se sintam seguras o bastante para se arriscar. Quando há coragem para fazer o que é difícil e conexão suficiente para sustentar o grupo, surgem as equipes que realmente entregam alto desempenho.
O Na Prática nasceu com a missão de transformar o potencial de jovens em resultados concretos para suas carreiras e para o Brasil.
O curso Execução de Alta Performance é um dos programas mais completos para quem busca sair da estagnação e crescer com consistência.
Tudo o que você ganha ao se inscrever: