reclamação alto falante (Thinkstock)
Redatora
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 14h51.
Seja entre pares de trabalho, líderes e liderados ou colegas de projeto, existe um padrão que se repete no ambiente profissional: a tentativa — quase automática — de provocar mudança no comportamento alheio por meio da reclamação.
A pessoa não entrega no prazo? Você chama atenção. Não colabora com a equipe? Você aponta o erro. Parece racional, mas não é eficaz.
Segundo a psicologia, insistir nesse caminho não só não resolve como pode gerar ainda mais resistência e frustração. Um estudo recente da Universidade de Toronto revelou uma alternativa simples e contraintuitiva, a gratidão. As informações foram retiradas de Inc.
De acordo com o psicólogo Scott Wetzler, citado pelo Wall Street Journal, a raiz da reclamação está no sentimento de impotência, em que acreditamos que, para sermos atendidos, precisamos repetir o pedido.
O problema é que isso gera o efeito contrário, as pessoas se sentem cobradas, envergonhadas ou pressionadas e passam a rejeitar ainda mais a mudança.
Essa dinâmica aparece tanto em relações pessoais quanto profissionais, onde líderes cobrando repetidamente entregas, colegas apontando falhas em comportamentos, e até mesmo equipes frustradas com chefes pouco empáticos. A ciência mostra que esse ciclo alimenta ressentimento e bloqueia o diálogo.
Pesquisadores da Universidade de Toronto realizaram três estudos com casais analisando como a gratidão influencia em mudanças reais. Em um dos estudos, 151 casais registraram por nove meses interações em que um dos parceiros desejava que o outro mudasse algum comportamento.
O resultado foi que aqueles que se sentiram mais valorizados e reconhecidos pelo esforço, mesmo que pequeno, foram os que mais conseguiram mudar ao longo do tempo.
A lógica é que elogios e reconhecimento reforçam o comportamento positivo. Reclamações, por outro lado, reforçam o desânimo e o distanciamento.
No ambiente de trabalho, o princípio é o mesmo. Um profissional que recebe um “obrigado” ou um reconhecimento sincero por estar tentando melhorar terá mais motivação para continuar progredindo do que aquele que só recebe críticas ou comparações negativas.
Para quem está em cargos de liderança, mesmo que de forma informal, como mentoria de pares, a psicóloga Laura Vanderkam sugere falar abertamente sobre suas próprias mudanças e dificuldades.
Mostrar que você também está aprendendo, se organizando melhor ou enfrentando desafios transmite humanidade e abre espaço para conversas sinceras com sua equipe ou colegas.
Em vez de reclamar daquilo que falta, a ciência sugere reconhecer aquilo que está começando a mudar. Para profissionais que estão se desenvolvendo, seja em liderança ou trabalho em equipe, esse tipo de mentalidade fortalece habilidades fundamentais como:
E o resultado é mais que comportamental, ele melhora o clima organizacional, reduz a rotatividade e aumenta o engajamento nas entregas.
No fim das contas, dominar a inteligência emocional é dominar a si mesmo. Esse curso é uma oportunidade gratuita para aprender a se automotivar diante de dificuldades, manter o equilíbrio em momentos de alta pressão e liderar com empatia e impacto.
Se você quer transformar suas emoções em um diferencial competitivo, esta é a hora de dar o próximo passo. O curso online gratuito Inteligência Emocional é a oportunidade de desenvolver habilidades que podem transformar sua carreira.