Target (Toronto Star via Getty Images)
Redatora
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 17h17.
A sucessão de Brian Cornell, que deixará o comando da Target em fevereiro de 2026, para Michael Fiddelke, um executivo com duas décadas de carreira na empresa, não é apenas uma troca de cadeiras no alto escalão.
O movimento revela os dilemas que marcam a liderança corporativa em 2025, que é equilibrar resultados financeiros, posicionamento cultural, complexidade de stakeholders e a necessidade de sucessão planejada.
A seguir, confira quatro lições que essa troca de liderança pode ensinar para outros líderes.
O caso Target deixa claro que liderança não é mais apenas sobre desempenho financeiro. Brian Cornell, mesmo responsável por transformar a empresa em um gigante de US$ 100 bilhões, enfrentou pressões externas ligadas a posicionamento cultural e de marca.
A reação dos consumidores demonstrou que cada decisão empresarial carrega implicações sociais e culturais. Para líderes, isso significa que competência cultural deixou de ser opcional e tornou-se requisito estratégico.
A escolha de Michael Fiddelke, executivo que começou como estagiário e passou 20 anos na companhia, reforça o valor de programas internos de desenvolvimento de líderes.
Em vez de buscar um “salvador” externo, a Target recorreu à continuidade e ao conhecimento institucional. O recado é direto para as empresas que investem em formar lideranças internas têm mais resiliência em períodos de crise.
Se no passado o CEO respondia majoritariamente a acionistas, hoje o quadro é bem mais amplo. É preciso equilibrar interesses de colaboradores, clientes, sociedade e investidores.
A experiência de Cornell mostra como esse equilíbrio se tornou mais delicado e indispensável.
Outro ponto evidenciado na transição é a necessidade de manter a autenticidade mesmo em meio a crises. Cornell foi colocado à prova em um contexto de boicotes e questionamentos públicos, mostrando como a pressão externa pode corroer a confiança se o líder não sustentar coerência em seu discurso e nas ações da empresa.
Em tempos de escrutínio permanente, a liderança precisa ser transparente, consistente e fiel a valores de longo prazo.
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