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Salário de homem e mulher só será igual no Brasil no ano de 2116

Desigualdade salarial entre gêneros no Brasil é uma dos maiores do mundo. Nesse ritmo, a injustiça só acabará daqui a um século, diz Fórum Econômico Mundial

Dinheiro: de um total de 144 países, o Brasil ocupa a 129ª posição no ranking de igualdade (Rodrigo bellizzi/Thinkstock)

Dinheiro: de um total de 144 países, o Brasil ocupa a 129ª posição no ranking de igualdade (Rodrigo bellizzi/Thinkstock)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 19h00.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 21h11.

São Paulo — Um relatório divulgado hoje pelo Fórum Econômico Mundial revelou que a desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil — uma das mais drásticas do planeta — só será eliminada daqui a 100 anos, caso o atual ritmo de transformações seja mantido.

De um total de 144 países, o Brasil ocupa a 129ª posição no ranking de igualdade de remuneração entre os gêneros. Até Irã e Arábia Saudita, famosos por atropelarem direitos femininos, ficaram mais bem posicionados. As nações nórdicas ocupam o topo do ranking, com a Islândia em 1º lugar.

A diferença salarial entre gêneros no Brasil supera 50% — uma estatística compartilhada com apenas outros cinco países. Enquanto a remuneração média da brasileira é de 11,6 mil dólares por ano, a dos homens corresponde a 20 mil dólares anuais.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, a implementação de políticas pragmáticas ajudariam a reverter rapidamente esse quadro, mas as iniciativas para reduzir a disparidade entre os gêneros têm avançado num ritmo lento. Se continuarem assim, seus efeitos só serão conhecidos no Brasil no ano de 2116, diz a entidade.

A desigualdade econômica entre homens e mulheres é mais grave no Brasil do que em países como o Cambodja: ocupamos o 91º lugar nesse quesito no ranking global.

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