Amazon integra IA aos processos internos e de gestão de talentos (400tmax/Getty Images)
Redatora
Publicado em 5 de novembro de 2025 às 06h30.
Quem quiser subir na hierarquia da Amazon precisará provar que entende e usa inteligência artificial. A afirmação é de Jamie Siminoff, vice-presidente de produto da companhia e fundador da startup Ring, em entrevista à Business Insider.
Segundo Siminoff, o uso de IA já é parte do processo de promoção dentro da área de produtos de segurança residencial da Amazon, que reúne marcas como Ring, Blink, Key e Sidewalk.
Em julho, um e-mail interno obtido pela publicação revelou que todos os funcionários que desejarem uma promoção precisarão informar como utilizam a tecnologia em seu trabalho.
“Vamos promover com base em como você está integrando IA ao seu trabalho”, afirmou Siminoff.
A diretriz não é simbólica. Para o executivo, a inteligência artificial passou a ser uma métrica concreta de produtividade e impacto.
“O processo de promoção é o único incentivo real que posso oferecer à equipe, porque é assim que eles são recompensados. Se você está criando mais valor para a empresa do que os outros, é assim que deve ser promovido”, disse.
A política surgiu num momento delicado para a companhia. Poucos dias após a entrevista, a Amazon anunciou o corte de 14 mil empregos, decisão que, segundo o CEO Andy Jassy, não foi “financeiramente motivada” nem “impulsionada pela IA”, mas relacionada à cultura da empresa.
Ainda assim, o contraste entre o discurso de Jassy e o de Siminoff deixa claro o rumo da transformação interna: a cultura agora passa pela inteligência artificial.
Siminoff, que vendeu a Ring para a Amazon em 2018 por mais de US$ 1 bilhão e retornou à empresa em 2025 como vice-presidente, reforçou que o uso de IA também influencia as contratações.
Candidatos são questionados sobre como aplicam ferramentas como ChatGPT ou Gemini no dia a dia. “Queremos pessoas que já pensem de forma nativa com IA”, explicou.
Essa mentalidade evidencia uma mudança de paradigma no mercado de trabalho. Em grandes empresas de tecnologia, e cada vez mais fora delas, a IA deixa de ser apenas uma ferramenta para se tornar uma competência estratégica.
O que antes era diferencial passa a ser pré-requisito.
Na visão de especialistas em gestão e inovação, movimentos como o da Amazon antecipam um cenário em que a fluência digital será parte essencial do currículo de qualquer profissional, não apenas dos engenheiros.
Saber delegar tarefas, interpretar dados e criar soluções com apoio de sistemas inteligentes será, em breve, tão fundamental quanto dominar inglês ou finanças.
Na prática, o recado do executivo traduz uma nova regra corporativa: quem quiser crescer na carreira, seja na Amazon ou em qualquer outro setor, precisa colocar a inteligência artificial no centro de sua rotina.
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