Após quase quatro décadas à frente da Vogue americana, Anna Wintour anunciou sua saída do cargo de editora-chefe. Wintour deu a notícia aos funcionários da revista nesta quinta-feira, 26. A informação foi confirmada pela CNN americana.

Embora a editora deixe o comando direto da Vogue, ela não se afastará da Condé Nast. Ela permanecerá como diretora editorial global da Vogue.

Desde 2020, Wintour também ocupa o cargo de diretora de conteúdo da Condé Nast, supervisionando outras publicações do grupo como Vanity Fair, Wired, GQ, Architectural Digest, Bon Appétit e Condé Nast Traveler. O único título do grupo que ela não comanda é a The New Yorker, supervisionada por David Remnick.

Aos 75 anos, Wintour, que revolucionou a Vogue desde sua chegada, foi responsável por transformá-la de uma publicação conservadora em uma formadora de tendências.

Seu trabalho rendeu capas não convencionais, como a primeira com uma modelo usando jeans stonewashed, em 1988, além de quebrar a tradição e colocar um homem na capa da revista em 1992.

Inspiração para O Diabo Veste Prada

A personagem Miranda Priestly, interpretada por Meryl Streep no filme O Diabo Veste Prada (2006), foi inspirada em Anna Wintour, cuja postura autoritária e estilo se tornaram ícones no mundo da moda.

O livro que originou o filme é de Lauren Weisberger, que foi assistente de Anna na vida real.

Met Gala

Desde 1995, Anna Wintour comanda a organização do Met Gala, evento anual que arrecada fundos para o Costume Institute do Metropolitan Museum of Art (Met).

Considerado o maior evento beneficente da moda, a última edição ultrapassou US$ 31 milhões (equivalente a R$ 177,1 milhões) em arrecadação.

Além disso, Wintour é responsável por selecionar cerca de 450 convidados para o Met Gala a cada ano, reunindo personalidades de setores como tecnologia, esportes, arte e entretenimento.

O evento, conhecido pelos looks extravagantes, gera ampla repercussão nas redes sociais.